POLÍTICA
Nos 90 anos de Che Guevara, personalidades da PB dão dicas de obras
Governador Ricardo Coutinho e jornalista listam obras para conhecer o líder político.
Publicado em 14/06/2018 às 15:08 | Atualizado em 15/06/2018 às 8:53
Se estivesse vivo, o líder político argentino Ernesto Guevara de la Serna, conhecido como "Che" Guevara (1928-1967), faria 90 anos nesta quinta-feira (14).O famoso guerrilheiro, político, jornalista, escritor e médico argentino-cubano, Che Guevara foi um dos ideólogos e comandantes que lideraram a Revolução Cubana (1953-1959) que levou a um novo regime político em Cuba. Sua história foi objeto de inspiração de diversas obras literárias, no cinema e até virou ícone da cultura pop, apesar de suas raízes políticas marxistas.
Para conhecer um pouco da figura pública que divide opiniões, o JORNAL DA PARAÍBA consultou jornalistas, escritores e políticos sobre indicações de obras que pudessem dimensionar quem foi Che Guevara no contexto político da América Latina no século XX.
Quase discípulo de Ernesto Guevara, o governador Ricardo Coutinho (PSB) foi o primeiro a indicar a “Che Guevara. A Vida em Vermelho”, de Jorge Catañeda, que classifica como instigante biografia. Além deste livro, Ricardo sugeriu Diário de Motocicleta, livro e filme. A obra retrata a viagem que Ernesto Guevara, ainda estudante de medicina fez de motocicleta, ao lado do amigo, o Alberto Granado, cruzando a América Latina.
“Enfim, Guevara é um Dom Quixote da igualdade e da fraternidade. Ninguém, como ele, expressou de uma forma tão forte o internacionalismo solidário”, comenta o governador Ricardo Coutinho, que sempre usa expressões atribuídas em Guevara como “Adelante” e “Há que se endurecer, mas sem perder a ternura”, em eventos públicos.
O jornalista Walter Galvão também apresenta como indicação a obra de Jorge Catañeda, mas acrescentar ainda como dica o relato político do artista plástico Flávio Tavares, intitulado “As três mortes de Che Guevara”, e o livro-reportagem “A utopia segundo Guevara”, Viriato Teles.
O poeta e jornalista Linaldo Guedes também indicou o filme Diário de Motocicleta, para quem prefere o audiovisual, por seu uma obra que disse gostar "tanto como realização cinematográfica, quanto como retrato de um che idealista, que tanto faz nossa cabeça, além de um documentário, intitulado Che Guevara. Para quem prefere ler, a dica de Linaldo são: o romance de Miguel Sanches Neto, "A Biblia de Che", que, segundo ele, "nos leva a refletir sobre ideologia e sobretudo militância", e "Caçando Che", de Mitch Weiss e Kevin Maures, livro-reportagem que narra perseguição a Che quando este estava escondido em matas bolivianas.
Já o Secretário de Estado da Cultura, Lau Siqueira, destacou que os livros do próprio Che são reveladores de quem foi Che Guevara. "Um médico combatente que tratava até mesmo os inimigos no campo de batalha, um ministro de Fidel que enfrentava longas filas para conseguir seus mantimentos, como um cidadão comum. Entre o homem e o mito, destaco o pensador, o teórico comunista. Destaco alguns dos seus livros como "A Revolução Cubana", "O socialismo humanista", "Diário de um combatente", entre outros. Li muitos dos seus livros no final dos anos 70. De lá para cá, li apenas "Quem matou Che Guevara, do Saulo Gomes. Um livro que revela detalhes da caçada ao guerrilheiro", disse.
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