Novas denúncias de outro empresário

Um fato novo. Ao contrário de Daniel Gonçalves, o empresário Rodolfo Pinheiro, que se pronunciou na Assembleia sem ser convocado, repetiu todas as acusações na Polícia Federal. Ele afirmou que haveria um esquema de superfaturamento na aquisição de materiais escolares para a prefeitura da capital e governo do Estado.

“São denúncias que estão na Controladoria Geral, no Ministério Público e no TCE. São denúncias em relação a uma empresa do Rio de Janeiro que tem feito contratos com o governo e com a prefeitura, em várias secretarias. E que, na minha opinião, existe um sacrifício muito grande do erário, inclusive já comprovado pela Controladoria Geral do Estado em alguns casos”, denunciou Rodolfo Pinheiro.

Rodolfo afirmou que as supostas fraudes eram feitas nos pregões, utilizando preços exorbitantes. “Você admite pagar por uma lousa para escola R$ 2.227,00? Você admite comprar oito cadeiras e uma mesa para creche, para refeitório, (feito) de produtos plásticos a R$ 2.676,00?”, questionou.

O empresário afirmou que resolveu levar todas essas denúncias a público ontem, porque teve sua vida ameaçada. “Primeiro, porque fui ameaçado de morte e já estou com uma queixa na polícia e um inquérito aberto”, afirmou. Quando questionado sobre os supostos autores das ameaças, Rodolfo foi tachativo.

“Os representantes da empresa”, frisou.

Rodolfo ainda deixou claro que não recebeu ameaças por parte da prefeitura ou do governo. “Mas eu temo que possa acontecer a qualquer momento. Então me preveni”, justificou. “Mas, por enquanto, só das empresas do Rio de Janeiro, da Desk Móveis e da Delta, que são do mesmo dono.