POLÍTICA
Oito equipes disputam a 2ª edição do "Hackfest Contra a Corrupção"
Evento é promovido pelo MPPB em parceria com a UFPB e demais entidades.
Publicado em 08/10/2016 às 15:55
Desde as primeiras horas da manhã deste sábado (8), os cerca 60 estudantes (divididos em oito equipes) que participam da segunda edição ‘Hackfest Contra a Corrupção’ deram início ao trabalho de criação dos aplicativos que vão ajudar a população a acompanhar os gastos públicos e o comportamento dos políticos e gestores públicos. A competição segue por todo o dia deste domingo (9) e, à noite, no encerramento do evento, serão conhecidos os vencedores.
O ‘Hackfest Contra a Corrupção’, iniciado na sexta-feira (7), está sendo realizado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do seu Núcleo de Gestão do Conhecimento, em parceria com o Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba e o Laboratório de Transparência Pública (LabTransp) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB, a Controladoria Geral da União (CGU), a Controladoria Geral do Município de João Pessoa e com o apoio da Associação Paraibana do Ministério Público (APMP).
Os cerca de 60 estudantes participantes são dos Cursos de Ciência da Computação (ou áreas afins), Direito, Ciências Contábeis e Gestão Pública da UFPB. Durante o evento, eles participam de uma competição em que o principal objetivo é o desenvolvimento de aplicativos contra o mau uso do dinheiro público. No sábado (8) e domingo (9), no horário das 9h às 22h, a competição acontece no Laboratório de Inclusão Digital do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da UFPB.
São oito equipes na competição: Por que parou?, MasterChef, Obra na palma da mão, Tá estourado!, Laranjal, Plantão médico, Na veia! e “Entucado”. Até o final da competição, com o desenvolvimento dos dos trabalhos de criação dos aplicativos, esses nomes das equipes estão sujeitos a alterações, e suas propostas também podem sofrer modificações ou tomarem outros rumos.
As equipes e suas propostas:
# Por que parou? – Estão recolhendo dados referentes a obras públicas – federais, estaduais e municipais – em andamento no estado da Paraíba, observando os valores das licitações, o que está sendo feito, comparando os valores existentes no mercado, mostrando o que parou ou que está lento;
# MasterChef – Criação de um game em que os estudantes das redes públicas de ensino do estado e dos municípios poderão diariamente fotografar o cardápio da merenda apresentado pela escola e depois fotografar o prato da merenda no momento de consumi-la. A proposta é fazer a comparação e constatar ou não se o que os alunos estão comendo é o mesmo que a escola diz oferecer;
# Obra na palma da mão – Esta equipe tem a proposta de fazer um levantamento dos valores gastos em obras públicas nas áreas da saúde e da infraestrutura, comparando se esses valores estão de acordo com o mercado;
# Tá estourado! – Estão colhendo dados acerca do patrimônio pessoal dos gestores públicos (governador, prefeitos, vereadores, deputados, senadores etc.) antes e depois de assumirem o poder, informando à população para que acompanhe e faça uma comparação, observando a evolução ou não desse patrimônio;
# Laranjal – Identificar nas licitações públicas dos municípios paraibanos, de qualquer natureza, as empresas participantes e seus proprietários, permitindo, com o cruzamento de dados, identificar os indícios de uso de empresas ou pessoas como laranjas, com o objetivo de fraudar ou superfaturar essas licitações;
# Plantão médico – Colher dados acerca dos valores pagos e recebidos pelos médicos que realizam atendimento e plantões nos municípios e no governo do estado, se estão sendo cumpridos e se os valores estão dentro da realidade;
# Na veia! – Observar as empresas que mais vencem licitações públicas, de qualquer natureza, nos 223 municípios paraibanos, identificando as suas contratações pelos gestores assim que assumem os cargos públicos;
# “Entucado” – Verificar em toda a rede pública de ensino do estado e dos municípios da Paraíba o que os diretores de escolas anunciam que foi adquirido e o que realmente existe em sua unidade educacional, como computadores, material esportivo, móveis etc. Ou seja: a escola tem o que foi anunciado ou gasto para ter?
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