POLÍTICA
Em operação contra Carlos, PF apreende computador e tablet de paraibano assessor de Bolsonaro
De acordo com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, foram apreendidos um laptop e um tablet, que continham o nome de Tércio Arnaud Tomaz na tela.
Publicado em 29/01/2024 às 18:03 | Atualizado em 29/01/2024 às 18:59
A Polícia Federal apreendeu, nesta segunda-feira (29), equipamentos eletrônicos de Tércio Arnaud Tomaz, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante operação contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A investigação mira a atuação de um suposto sistema paralelo de inteligência.
Tércio Arnaud exerceu o cargo de assessor Especial do Presidente da República durante o governo de Bolsonaro e permaneceu como assessor do ex-presidente, lotado no Partido Liberal, depois que o político deixou o cargo. Ele acompanhava Bolsonaro durante as buscas da Polícia Federal.
De acordo com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, foram apreendidos um laptop e um tablet, que continham o nome de Tércio na tela. O parlamentar informou que o assessor de Bolsonaro desbloqueou os aparelhos diante dos policiais, mas segundo ele “não adiantou” e os aparelhos foram apreendidos e levados pela PF antes da chegada de advogados. (Veja publicação abaixo).
A informação também foi confirmada pelo deputado federal Tenente-Coronel Zucco (PL-RS) em entrevista ao GLOBO.
Carlos Bolsonaro foi alvo nesta segunda de uma nova fase da investigação da PF no caso da "Abin paralela". A suspeita é de que assessores de Carlos Bolsonaro, que também são alvo da operação, pediam informações para o ex-diretor da Abin e hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro Alexandre Ramagem. Ramagem é próximo da família Bolsonaro.
Foram autorizadas buscas na residência de Carlos Bolsonaro e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Também há mandados cumpridos em Angra dos Reis, onde os Bolsonaro têm uma casa, Brasília, Formosa (GO) e Salvador.
Quem é Tércio Arnaud Tomaz
Natural de Campina Grande, Arnaud foi acusado de ser líder de um “gabinete do ódio” que teria se instalado no Governo Federal durante o mandado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Tanto ele quanto o ex-presidente negam a existência de tal gabinete.
Conhecido pela atuação nas redes sociais desde a época em que Bolsonaro era deputado federal, o paraibano foi indicado por Bolsonaro como primeiro suplente do pré-candidato ao Senado Bruno Roberto nas eleições de 2022, não logrando êxito na disputa.
Ele foi exonerado do cargo oficialmente no fim do governo Bolsonaro, tendo sido nomeado para um cargo no Partido Liberal depois que Bolsonaro deixou a Presidência.
Pelas redes sociais, o ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga, um dos aliados de Bolsonaro na Paraíba, criticou a operação da PF e saiu em defesa de Carlos Bolsonaro. “Temos certeza que a verdade prevalecerá”, disse.
https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1752038738782474666
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