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POLÍTICA

Operação da PF prende prefeito de Catingueira

Durante a operação foram cumpridos 41 mandados judiciais e 27 de busca e apreensão.

Publicado em 04/05/2012 às 8:31

A Polícia Federal na Paraíba deflagrou na manhã desta sexta-feira (4) a Operação Dublê, com o objetivo de desmantelar quadrilha que desviou mais de cinco milhões de reais de cofres municipais, sendo aproximadamente R$ 1,5 milhão de verbas da saúde, R$ 1 milhão de educação e ação social e R$ 2 milhões de verbas de desenvolvimento rural e infra-estrutura urbana

A operação consiste no cumprimento de 41 mandados judiciais: 27 de busca e apreensão, 8 de prisão temporária, dos quais 7 foram cumpridos, além de 6 de condução coercitiva e do afastamento de prefeitos e secretários municipais. Um dos envolvidos é o prefeito de Catingueira, José Edvan Félix (PR), que foi preso durante a operação.

A esposa dele, Francinalva Félix, confirmou que o marido estava prestando depoimento, mas disse que não poderia fazer mais comentários sobre o caso. Com ele foi apreendida uma espingarda calibre 12 de uso restrito. Sete carros de luxo foram recolhidos com os demais suspeitos de envolvimento.

De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, continua em aberto um mandado de prisão contra outro prefeito, Inácio Roberto de Lira Campos (PMDB), de Cacimba de Areia.

Segundo o delegado, a PF vai pedir prisão preventiva, uma vez que ele teria conhecimento da operação. A reportagem tentou contato com representantes do político e da prefeitura de Cacimba de Areia, mas ninguém atendeu às ligações.

Durante a investigação, verificou-se manifesta confusão entre o patrimônio público e o privado, sendo usadas verbas públicas para uso próprio de prefeitos e secretários municipais. As cidades chamaram atenção do Tribunal de Contas do Estado que promoveu fiscalização após constatar saldo a descoberto na tesouraria de ambas em valor superior a um milhão de reais.

O desvio ocorria da seguinte forma: com o recebimento das verbas nas contas das Prefeituras dos diversos programas (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e PROJOVEM - vinculados ao Fundo Nacional de Assistência Social - FUNDEF, SUS, PAB, FPM, ICMS e convênios), os valores eram sacados em favor da tesouraria da prefeitura e, posteriormente, com a necessidade de comprovar as despesas perante os órgãos de fiscalização, processos inteiros de licitação eram montados e eram lançados empenhos fictícios, com notas fiscais clonadas.

As pessoas presas serão indiciadas e responderão pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude a licitação, falsidade ideológica e quadrilha.

Atualizada às 12h31.

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Jornal da Paraíba

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