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POLÍTICA

Operação desarticula organização formada por caminhoneiros

Durante a Operação foram cumpridos cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão.

Publicado em 25/04/2013 às 9:56

O Ministério Público Estadual (MPPB), a Polícia Civil da Paraíba e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (25), a operação “Rota 171” para desarticular uma organização criminosa formada por caminhoneiros que vem aplicando golpes com o uso de cheques clonados em postos de combustíveis e estabelecimentos comerciais localizados em vários estados do país.

Cerca de 80 policiais civis da Paraíba, do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado do Estado de São Paulo (Deic-SP) e da Polícia Rodoviária Federal participam da operação para dar cumprimento aos cinco mandados de prisão preventiva e aos seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 3a Vara Criminal de Campina Grande-PB. Quatro pessoas foram presas e todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Os integrantes da quadrilha são acusados de praticar crimes como formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e documental, adulteração de sinal identificador de veículo e receptação. As penas somadas chegam ao máximo de 21 anos de reclusão.

Segundo as investigações feitas pela Delegacia de Defraudações e Falsificações de Campina Grande e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB, toda a ação criminosa se dava através de clonagem e falsificação de cheques de empresas de transportes de cargas recebidos por caminhoneiros contratados por elas e em postos de combustíveis como cheques-troco.

As cópias dos cheques eram encaminhadas para o escritório central da organização criminosa localizado em São Paulo, para montagem de matrizes (modelos) e posterior fabricação dos cheques clonados.

Os caminhoneiros, sob o pretexto de estarem realizando transporte de carga (estória-cobertura), utilizam os cheques clonados para pagar o abastecimento e compras em postos de combustíveis e estabelecimentos comerciais, provocando enormes prejuízos a essas empresas.

As investigações confirmaram que essa prática criminosa era permanente e ininterrupta e que para não serem identificados, os criminosos trocavam as placas originais dos caminhões por outras clonadas (já que nos postos de combustíveis a placa do veículo é anotada pelo frentista no momento do abastecimento).

Durante seis meses de monitoramento da organização criminosa, mais de 18 integrantes da quadrilha foram presos em diversos estados, como Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco e Paraíba.

Imagem

Jornal da Paraíba

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