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POLÍTICA

Oposição acredita em 'arrumadinho' para arquivar CPI da Lagoa

Prazo para que apresentação de parecer encerra na sexta (6), mas posicionamento pelo arquivamento da prefeitura levantou suspeitas.

Publicado em 04/05/2016 às 14:10

O líder da base de oposição do prefeito Luciano Cartaxo, Renato Martins (PSB), acusou a prefeitura e a Câmara Municipal de João Pessoa de estarem de 'arrumadinho' para evitar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os indícios de desvios de quase R$ 10 milhões de recursos das obras do parque Solon de Lucena (Lagoa), apontados em relatório da Controladoria Geral da União (CGU). O prazo para que o presidente da Casa, Durval Ferreira (PP), responda à Justiça sobre a instalação ou arquivamento se encerra na próxima sexta-feira (06).

Renato Martins disse que a procuradoria geral do município se posicionou nos autos do processo pelo arquivamento da CPI, o que, na sua visão, demonstra um 'arrumadinho' . “Não sei se a prefeitura respondeu também pela Câmara Municipal, já que a Progem responde apenas pela prefeitura, mas a reposta da prefeitura deve estar contemplando a Câmara, até porque a relação é ambígua. Os dois estão travando a CPI. Há um arrumadinho entre o chefe do legislativo e do executivo para inibir a instalação da CPI”, afirmou.

Recentemente Durval Ferreira argumentou que, em virtude da aproximação da eleição municipal deste ano trazer poderia ser prejudicial levar o debate para a Casa. Além da CPI, outras três CPIs, apresentadas pela base governista para investigar convênios realizados durante os governos dos prefeitos Ricardo Coutinho (PSB) e Luciano Agra, também tramitam na Câmara. Durval disse que devem apresentá-las em conjunto.

O presidente da Casa afirmou, ainda, que caso a CPI seja instalada, deverá ter um prazo de 60 dias de funcionamento. “Se ela for ser instalada, vai ter um período ainda para ver quem vai fazer parte, quem vai ser o relator. Acredito que tem um prazo de mais ou menos 60 dias para ser feita a CPI e isso vai depender muito dos próprios vereadores. Estamos em um período eleitoral que todo mundo sabe que é meio complicado, mas se puder ser formada, vai ser, se não puder, não vai ser. Caberá aos vereadores decidirem como ela vai ser feita se for criada”, declarou.

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Jornal da Paraíba

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