POLÍTICA
Oposição diz que destruição do Aeroclube foi uma ação antidemocrática
Deputados oposicionistas afirmam que a destruição da pista vai prejudicar várias pessoas. Eles também acusaram o governador Ricardo Coutinho de ter participação na ação.
Publicado em 23/02/2011 às 11:40
Jhonathan Oliveira
A destruição da pista do Aeroclube de João Pessoa foi um dos assuntos mais comentados na sessão da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (23). Os deputados do bloco de oposição afirmaram que a Prefeitura da Capital agiu de de maneira antidemocrática. E também acusaram o governador Ricardo Coutinho (PSB) de ter participação na ação.
Os representantes da oposição classificaram a ação como um ato autoritário e de violência. Segundo eles, não houve diálogo com o Aeroclube e o presidente da instituição não foi notificado do ato. Eles destacaram ainda que o Aeroclube é um equipamento importante para o Estado.
"Sou radicalmente contra esse tipo de postura truculenta. O que foi feito na noite de ontem foi uma operação digna de uma guerra", disse o deputado Anisío Maia (PT).
Segundo o deputado Gervásio Maia (PMDB) a destruição da pista prejudicou pessoas que precisavam utilizar as aeronaves, que estão no local, para fazer tratamento médico em outros estados. "A destruição foi feita de forma violenta porque nem os proprietários das aeronaves forma informados", disse.
Gervásio também acusou o Governo do Estado de ter envolvimento na ação. "Parece que o poder realmente está subindo a cabeça do grupo do lado de lá. Pois, isso foi uma ação casada entre o Governo e a prefeitura de João Pessoa. Logo eles que tinham uma postura tão democrática", completou de forma taxativa.
"Ricardo Coutinho usava o Aeroclube para poder fazer campanha por todo o Estado da Paraíba e por isso a Prefeitura não demonstrou a intenção de destruí-lo antes", disse em tom de acusação o Deputado Doutor Aníbal(PSL).
Defendendo o governo o deputado Domiciano Cabral(DEM) disse que a ação foi feita dentro da legalidade. Ele destacou ainda que houve uma resistência por parte dos proprietários do Aeroclube que teriam se negado a fazer um acordo.
"A legislação brasileira permite que se desaproprie qualquer bem, para que ele seja transformado em bem público", disse Domiciano.
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