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POLÍTICA

Oposição quer CPI para apurar demissões de 18 mil servidores temporários

Manoel Ludgério (PDT), líder da oposição, anunciou, nesta terça-feira (19) que o grupo vai apresentar um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)

Publicado em 19/05/2009 às 19:33

Da Assessoria da AL-PB

A oposição cansou de apelar ao governo a permanência dos cerca de 18 mil servidores temporários que prestam serviço à administração pública estadual. O deputado estadual Manoel Ludgério (PDT) (foto), líder da bancada, anunciou, nesta terça-feira (19) que o grupo vai apresentar um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar “os abusos e as perseguições que estão ocorrendo em todo o interior do Estado”.

Ludgério reafirmou, na tribuna da Casa, que as perseguições, “de toda sorte” a servidores temporários continuam acontecendo, apesar do compromisso assumido, inclusive na Assembleia Legislativa, por auxiliares do governo, de que eles não seriam exonerados.

Para Ludgério, não resta mais outro caminho para a oposição que não seja apresentar o pedido de instalação da CPI, “até porque as denúncias são muitos graves, inclusive de que auxiliares do governo estariam pressionando os prestadores de serviços a assinar ficha de filiação ao PMDB ou outro partido aliado, como forma de se manterem na função”.

O líder da oposição lembrou que alguns municípios, a exemplo de Cacimba de Dentro e Sousa, a Justiça local já determinou ao Governo do Estado a permanência dos servidores que reclamaram em seus locais de trabalho.

Reação em cadeia

Imediatamente ao discurso do líder Ludgério, outros parlamentares da oposição ocuparam a tribuna para assumirem de público o apoio à instalação da CPI. O deputado Romero Rodrigues (PSDB) disse que os absurdos que estão sendo cometidos são tantos que alguns diretores de escolas foram substituídos por pessoas “totalmente desqualificadas para a função”.

O deputado Pedro Medeiros disse não acreditar que exista alguma determinação governamental para que ocorram as perseguições. Para ele, a iniciativa é dos próprios agentes políticos locais, como propósito de atingir os seus adversários políticos. “Não acredito que o governador ou algum auxiliar do governo tenha responsabilidade pelo o que está acontecendo”, observou.

Já o deputado tucano Dinaldo Wanderley vê a CPI por outro lado. Para ele, a importância da instalação da Comissão se dá, também, “pela oportunidade que teremos para mostrar a toda a Paraíba quem são os perseguidores em cada região. Vamos revelar quem são essas pessoas que perseguem pais e mães de famílias por motivação meramente política”, disparou.

O deputado Antônio Mineral, também do PSDB, discordou do colega Pedro Medeiros quanto à responsabilidade do Governo do Estado pelas perseguições e exonerações de prestadores de serviços. Para ele, “quem manda é quem tem a caneta”.

- Se os diretores de colégios perseguem e exoneram é porque tem alguém mais forte à frente deles. Eles fazem o que o governo determina – asseverou.

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Jornal da Paraíba

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