POLÍTICA
Oposição veta uso de verbas de Camará em Centro de Convenções
Em apreciação na comissão de Orçamento a oposição foi contra medida provisória do governador Ricardo Coutinho. Matéria ainda será apreciada pelo Plenário da AL.
Publicado em 29/03/2011 às 12:17
Jhonathan Oliveira
Na manhã desta terça-feira (29) a comissão de orçamento da Assembleia Legislativa se posicionou contra a medida provisória de autoria do governador Ricardo Coutinho (PSB) que remanejava recursos da construção da barragem de Camará para o Centro de Convenções de João Pessoa. O posicionamento da bancada de oposição foi decisivo para a decisão, pois o bloco tem quatro deputados na comissão, e a situação tem apenas três. A matéria ainda será levada ao julgamento do Plenário.
A MP pretende remanejar R$ 12 milhões, oriundos de um empréstimo contraído junto ao BNDES, que estavam disponíveis para a recontrução da barragem. Sendo que deste valor pouco mais de R$ 7 milhões são para o centro de Convenções e o restante para obras de recuperação de outras barragens do Estado.
"Verificamos que na região de Camará existem muitas cidades que estão sofrendo com falta de água. E esse recurso não significa nada diante do que o Centro de Convenções está precisando", disse o deputado Vituriano Abreu, relator da matéria da comissão e orçamento, justificando seu voto em contrário.
O deputado Lindolfo Pires (DEM), líder do Governo, disse que o remanejamento era necessário porque as obras de Camará estão vetadas pela Justiça e por isso os recursos teriam que ser investidos em outras coisas."Nós não podemos perder esses recursos que já estão aprovados e disponíveis",acrescentou.
Defendendo o remanejamento, o deputado Hervázio Bezerra(PSDB) disse que a a discussão na comissão era "eminentemente política". Já Vituriano disse que o pedido do Governo era simplesmente porque ele não queria dar continuidade a um projeto do ex-governador.
Se posicionaram contra o remanejamento Vituriano, Gervásio Maia (PMDB), André Gadelha (PMDB) e Frei Anastácio (PT). A favor votaram Lindolfo, Hervázio e Gilma Germano (PPS).
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