POLÍTICA
Oswaldo Filho reafirma que investiga Gilberto
Ele está sendo acusado de ter recebido dupla remuneração, de janeiro a junho de 2011, como servidor do Ministério Público Estadual e como secretário da Administração.
Publicado em 22/11/2011 às 8:00
Em entrevista ontem ao repórter Tiago Morais, da Rádio Paraíba FM (101.7), o procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, confirmou a informação divulgada domingo pelo Jornal da Paraíba de que existe uma investigação em curso na Curadoria do Patrimônio envolvendo o procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro. Ele está sendo acusado de ter recebido dupla remuneração, de janeiro a junho de 2011, como servidor do Ministério Público Estadual e como secretário da Administração do Estado.
Em nota divulgada no final de semana, Gilberto negou que estivesse sendo alvo de investigação. "Sou servidor concursado do MP desde 1992 e todas as vezes em que fui cedido recebi autorização do procurador-geral de Justiça. Está tudo na legalidade. A reportagem não passa de mais uma tentativa de setores da oposição em atingir o governo do Estado”.
Ao confirmar a investigação, Oswaldo Filho informou que Gilberto já foi notificado pelo promotor de Justiça Rodrigo Pires, que é quem está à frente do caso. “Eu tive a oportunidade de conversar com o doutor Rodrigo e vou esperar que ele me passe as informações durante esta semana”, afirmou.
Segundo Oswaldo Filho, a notícia envolvendo Gilberto Carneiro tem repercussão por se tratar de um funcionário do Ministério Público que está à frente de um cargo importante no governo, no caso a Procuradoria Geral do Estado. Ele informou que, no meio do ano, recebeu um requerimento de Gilberto pedindo para suspender o pagamento da remuneração, em face de uma recomendação do CNMP.
Gilberto inclusive responde a um processo no CNMP por descumprir a resolução 27/2008, que disciplina a advocacia por parte de servidores do Ministério Público. O relator do caso é o ministro Jarbas Soares Júnior e a informação é que o processo deve entrar em pauta na sessão do próximo dia 29.
Em 2008, quando era procurador-geral da prefeitura de JP, ele foi punido pelo Conselho Nacional do MP por não cumprir o que determina a Resolução 27/2008, que veda o exercício da advocacia aos servidores efetivos, comissionados, requisitados ou colocados à disposição do Ministério Público e da União.
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