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POLÍTICA

Pacote anticrime é sancionado por Bolsonaro com vetos e críticas de Moro

Projeto foi publicado em edição extra do DOU na véspera de Natal.

Publicado em 25/12/2019 às 13:46 | Atualizado em 26/12/2019 às 9:56


                                        
                                            Pacote anticrime é sancionado por Bolsonaro com vetos e críticas de Moro
Jair Bolsonaro Foto: Reprodução/NBR

				
					Pacote anticrime é sancionado por Bolsonaro com vetos e críticas de Moro
Jair Bolsonaro sancionou pacote anticrime defendido por Moro na noite desta quarta-feira (24). Foto: Reprodução/NBR. Jair Bolsonaro Foto: Reprodução/NBR

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com 25 vetos, o projeto lei conhecido como pacote anticrime, apresenta medidas para tornar mais rígidos o processo penal e a legislação contra crimes no Brasil. O despacho foi publicado na noite desta quarta-feira (24), em edição extra do Diário Oficial da União. A lei como um todo entra em vigor em 30 dias.

O pacote reúne parte da proposta apresentada no início deste ano pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e trechos do texto elaborado pela comissão de juristas coordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Entre os pontos que foram vetados estão o aumento de pena para condenados por crimes contra a honra cometidos pela internet, o aumento de pena para homicídios cometidos com arma de fogo de uso restrito, que poderia envolver agentes da segurança pública.

Juiz de garantias

Foi mantido o texto principal sobre o chamado juiz de garantia. Com a medida, aprovada pelo Congresso, o magistrado que cuida do processo criminal não será responsável pela sentença do caso.

Para o ministro Sergio Moro, o texto final do projeto anticrime, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, contém avanços para a legislação criminal. Em nota à imprensa, Moro explicou os motivos pelos quais o Ministério da Justiça se posicionou contra a sanção do mecanismo do juiz de garantias, que foi mantido pelo presidente.

"O presidente da República acolheu vários vetos sugeridos pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O MJSP [Ministério] se posicionou pelo veto ao juiz de garantias, principalmente, porque não foi esclarecido como o instituto vai funcionar nas comarcas com apenas um juiz (40% do total); e também se valeria para processos pendentes e para os tribunais superiores, além de outros problemas. De todo modo, o texto final sancionado pelo Presidente contém avanços para a legislação anticrime no País”, declarou Moro.

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Angélica Nunes

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