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POLÍTICA

Pacto de 'não agressão' entre pré-candidatos em CG só durou um dia

Se dizendo do povo, Adriano Galdino acusa Veneziano de ser um candidato das oligarquias.

Publicado em 24/02/2016 às 9:00

O pacto de não agressão proposto pelos pré-candidatos a prefeito de Campina Grande, deputados Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) e Adriano Galdino (PSB), só durou um dia. Ensaiado na segunda-feira (22), o discurso pacífico foi implodido ontem pelo socialista. Adriano acusou Veneziano e o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) de pertencerem às oligarquias políticas que se revezam na prefeitura e fazem a política dos ricos.

“É público e notório que Veneziano e Romero são representantes de duas famílias ricas, de duas oligarquias em Campina Grande que governam para aqueles que têm mais recursos. Eu sou do povo. Aos nove anos, vendi confeitos, fui garçom e tive que trabalhar muito para me formar. Vou pedir o apoio dos que têm menos recursos, dos que sabem da necessidade de fazer a feira, que é a maioria da população. Quem é Cunha Lima ou da família Rêgo nunca passou pelas mesmas dificuldades que eu passei”, frisou Adriano.

O socialista, no entanto, disse que suas críticas não são contra pessoas, mas modelos administrativos. “Os modelos de gestão de Veneziano e Romero tiveram altos e baixos. O modelo do PSB quer avançar, quer melhorar a qualidade de vida da maioria das pessoas, a exemplo do que foi feito pelo governador Ricardo Coutinho em toda a Paraíba”, acentuou.

Ele disse que vai apresentar à população, durante a campanha, o programa Empreender Campina Grande, Orçamento Democrático, Pão e Leite, Caminhos de Campina, Gol de Placa, Escola de Valor e Mestres da Educação.

Em relação à composição da chapa, Adriano Galdino disse que iniciou as conversações com as direções de vários partidos, como o PT do B, PEN, PRP e entras legendas. “Vou procurar até o PMDB, quem sabe o partido indica meu vice”, concluiu o prefeitável.

OPOSIÇÃO

Três pré-candidatos - Artur Bolinha (PPS), Daniella Ribeiro (PP) e Napoleão Maracajá (PCdoB) - rejeitaram a tese de pacto de não agressão no primeiro turno, já quebrado até por Galdino. A proposta também previa que, se Romero Rodrigues fosse para o segundo turno com um nome da oposição, este teria o apoio dos demais postulantes.

“Eu não estou numa guerra para celebrar pacto de não agressão. Na campanha não vou discutir sobre pessoas, mas propostas concretas para que proporcionem o desenvolvimento social e econômico da população de Campina Grande”, acentuou Daniella.

O empresário Artur Bolinha também rejeitou a tese do pacto de não agressão proposta por Veneziano e Adriano. “O meu pacto é com as pessoas que acreditam nas minhas propostas que vão recolocar Campina na trilha do desenvolvimento com geração de mais emprego e renda”, frisou.
Se depender do vereador Napoleão Maracajá, o pacto está implodido. “O meu pacto como candidato é com o povo de Campina Grande. Vou discutir um projeto para a cidade, não vou discutir pessoas. Vou apresentar propostas simples e estabelecer o diálogo", disse.

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Jornal da Paraíba

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