POLÍTICA
Partidos dão a largada para definir candidatos às eleições municipais
Siglas estabelecem metas ambiciosas para este ano apesar da crise que atinge os municípios.
Publicado em 06/01/2016 às 8:07
A meta dos partidos é uma só: ampliar o número de prefeitos eleitos em 2012. Embora o clima nos núcleos partidários ainda seja de férias, a previsão é que eles comecem a se reunir já na próxima semana. O tempo de campanha diminuiu e os partidos ganharam mais prazo para as articulações, o que pode render surpresas até 2 de abril, quando encerra o prazo de filiação para os pré-candidatos de 2016.
O maior partido do Estado aguarda uma reunião da Executiva Nacional, em Brasília, antes de dar os primeiros passos do ano rumo às eleições municipais. O tesoureiro estadual do PMDB, Antônio de Sousa, informou que a reunião vai tratar da conjuntura política atual e dará o pontapé inicial no processo eleitoral. Os peemedebistas têm, de fato, alguns nós para desatar antes de entrar de cabeça no processo eleitoral. A situação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já beira o insustentável, e a divisão entre aqueles que apoiam e condenam o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Sousa garante que o partido é maior do que qualquer crise e que isso não vai interferir no desempenho do partido nas urnas. “Os que acompanham Eduardo Cunha vão sangrar com ele. O PMDB passa incólume a isso. Nós não defendemos e não aprovamos a postura do presidente da Câmara”, disse. Segundo o tesoureiro, a ideia é ampliar o número de prefeituras no Estado. Na última eleição, o PMDB fez 59 prefeitos no Estado, mas perdeu espaço na capital, com a eleição de apenas um vereador.
Se a crise política representar, de fato, uma pedra no caminho de algum partido, esse partido é o PT, que além de enfrentar o processo de impeachment da presidente Dilma, ainda perdeu o prefeito da capital, Luciano Cartaxo, para o PSD. O presidente do diretório estadual, Charliton Machado, garante que o partido lançará um nome para a disputa em João Pessoa. O deputado Luiz Couto, o vereador Fuba e o ex-deputado e assessor especial do Ministério das Comunicações Rodrigo Soares são cotados para a disputa, mas Machado garante que estes não são os únicos.
O nome será divulgado entre os dias 30 de janeiro e 10 de fevereiro. No Estado, o partido vai trabalhar para não perder as prefeituras que já tem e ainda lançar de 30 a 40 candidatos a prefeito. No caso de Pombal e Soledade, a sigla deve lançar nomes novos, já que os prefeitos atuais já foram reeleitos.
A direção do PSDB e do PSD destacam o trabalho dos partidos no ano passado. “Nós fizemos o dever de casa em 2015. Agora é hora de colher os frutos”, disse o dirigente dos tucanos, Ruy Carneiro. Ele destaca o programa de filiação realizado em 2015 e garante que o partido tem condições de melhorar o resultado de 2012, quando o partido fez 29 prefeitos. Já o deputado federal Rômulo Gouveia, presidente estadual do PSD, vai aproveitar os próximos dias para conversar com lideranças. O PSB também estabeleceu uma meta ambiciosa. Quer fazer 90 prefeitos na disputa deste ano. No pleito anterior, elegeu 28 prefeitos.
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