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POLÍTICA

Passados três meses, Câmara de JP não votou um único projeto

A análise das primeiras matérias estava prevista para iniciar no dia 29 de abril, mas a sessão foi suspensa em razão de um assalto na Casa da Cultura.

Publicado em 08/05/2015 às 8:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:21

Se para muitos brasileiros mais festeiros o ano só começa depois do Carnaval, para os vereadores de João Pessoa o prazo foi estendido para além da Quaresma. Três meses após o início da legislatura, nenhuma matéria foi votada no plenário da Casa Napoleão Laureano. A análise das primeiras matérias estava prevista para iniciar no dia 29 de abril, mas a sessão foi suspensa em razão de um assalto na Casa da Cultura da Câmara. Imaginava-se, portanto, que alguns projetos fossem analisados na última quarta-feira, mas a Mesa Diretora não registrou quórum suficiente.

"Embora a legislatura tenha se iniciado em fevereiro, as comissões permanentes da Casa só foram fechadas no dia 26 de março e se reuniram praticamente um mês depois, no dia 27 de abril. Isso ajudou a retardar o início das votações no Plenário. A gente imaginava pegar alguns projetos nesta quarta (6), mas não houve, até 10h, número suficiente de vereadores para votação, que seriam 14”, explicou Benilton. Ele disse que há cerca de 40 matérias acumuladas para votação, entre vetos do Executivo e projetos dos vereadores. “Ficou para todas as comissões darem os pareceres nas matérias e na próxima quarta-feira votar os projetos”, garantiu o vereador.

A suspensão das atividades no dia 29 foi necessária, segundo Benilton, para que “houvesse por parte da Polícia Militar e do IPC a averiguação em relação ao assalto na Casa da Cultura”.

ARTISTAS

Uma discussão em torno da política cultural de João Pessoa levou oposição e governo às turras, ontem, na Câmara. O líder da oposição, Raoni Mendes (PDT), aproveitou que o vereador Fernando Milanez (PMDB) sugeriu a criação de uma secretaria municipal para cobrar da prefeitura o pagamento dos cachês de artistas que se apresentaram no carnaval de rua da capital. Embora o líder do governo, Marco Antônio (PPS), tenha questionado o discurso de Raoni, o vereador Fuba admitiu o problema e disse que a Prefeitura deverá regularizar a situação dos artistas em, no máximo, 15 dias. “O atraso, de fato, existe. Está tendo uma reunião na Funjope agora (ontem) para colocar tudo em dia", disse.

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Jornal da Paraíba

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