POLÍTICA
Pedidos de impeachment e CPIs agitam Câmara Municipal de Patos
Oposição quer afastar prefeito Dinaldinho Wanderley e a Situação, investigar dois ex-prefeitos.
Publicado em 13/06/2018 às 19:53 | Atualizado em 14/06/2018 às 14:11
A entrada do advogado Gustavo Wanderley (PV) na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) , disputando votos, em Patos, no Sertão, com o deputado Nabor Wanderley (PRB), postulante à reeleição, transformou o plenário da Câmara Municipal numa batalha política.
O chumbo trocado entre os blocos políticos, na Câmara de Vereadores patoense, foi evidenciado por um pedido de impeachment e a instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). A polêmica está grande na Casa de Juvenal Lúcio de Sousa.
Impeachment
O alvo do pedido de impeachment é o prefeito Dinaldinho Wanderley (PSDB), irmão de Gustavo. A bancada de oposição, representada pelos vereadores Ivanes Lacerda, Fátima Bocão, Lucinha Peixoto e Nadir Rodrigues, entregou simbolicamente o pedido ao presidente da Câmara, Sales Júnior (PRB), mas ainda não protocolou formalmente o documento.
Os oposicionistas denunciam que houve o descumprimento do orçamento aprovado para o exercício financeiro de 2017, com gastos acima do permitido pela Lei Municipal 4.228/2013, que prevê que o município só poderá gastar até R$ 200 mil com festejos juninos.
Duas CPIs
Por sua vez, os vereadores da bancada de apoio ao prefeito Dinaldinho Wanderley apresentaram dois requerimentos, solicitando a abertura de duas CPIs para investigar supostos casos de corrupção na prefeitura de Patos, referente as gestões do ex-prefeito Nabor Wanderley (PRB) e Francisca Motta (MDB).
A CPI da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jatobá pretende investigar a aplicação dos recursos na obra, durante o governo de Francisca Motta. Segundo os governistas, a gestora deixou a obra inacabada. A segunda se prende a recursos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que seriam destinados para a construção de casas na cidade. Assinaram o requerimento sete dos 17 vereadores da cidade.
O que diz o presidente
O presidente da Câmara, Sales Júnior, informou que vai se reunir, nesta quinta-feira (14), com o procurador jurídico do Poder Legislativo. “Vamos observar diante dos termos regimentais o rito dessas duas CPIs que deram entrada na terça-feira”, explicou.
Quanto ao impeachment, o dirigente frisou que, se receber oficialmente o pedido, vai analisar a fundamentação. Depois, decidirá se coloca no plenário para que este decida se aceita ou não a abertura do processo.
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