Paraibano fiscaliza pouco o dinheiro público e Estado é 14º em pedidos de acesso a informações

Em 10 anos, Estado registrou menos de 6 mil pedidos

Material apreendido durante Operação Nero/Divulgação/PCPB
Paraibano fiscaliza pouco o dinheiro público e Estado é 14º em pedidos de acesso a informações
Material apreendido durante Operação Nero/Divulgação/PCPB

Hoje é o Dia Internacional de Combate à Corrupção. A data é sempre significativa, em um país onde a prática ainda é considerada por muitos como “negócio” e milhões são desviados dos cofres públicos. Mas trazendo para a realidade local, da Paraíba, é possível também chegar a uma conclusão: nós, paraibanos, fiscalizamos pouco.

O Painel da Controladoria Geral da União (CGU), que elenca dados sobre a Lei de Acesso à Informação (LAI), diz muito sobre isso.

A Paraíba é apenas o 14º Estado no ranking de pedidos de informações feitos ao Governo Federal. Em quase 10 anos, são apenas 5.938 contabilizados.

No Nordeste ficamos atrás da Bahia (18.425), Pernambuco (12.275) e do Ceará (10.347).

A ferramenta permite que o cidadão, por exemplo, tenha acesso a dados e documentos sobre contratos, gastos e receitas do poder público.

E é importante ressaltar: é possível solicitar informações desse tipo a todos os órgãos públicos, sejam eles federais, estaduais ou do município.

Veja aqui o que é e como usar a LAI

Exemplos de desvios, no Estado, não faltam. Há grandes operações feitas e em andamento nos últimos anos, capitaneadas quase sempre pelo Gaeco, MPF, CGU e Polícia Federal.

Mas é preciso um pouco mais. Cada cidadão precisa ser um fiscal de sua própria rua, da conta de água, da energia e dos centavos e/ou milhões investidos na prefeitura, no Estado ou pela União. Sem isso, continuaremos assistindo um espetáculo de desvios…