O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez o que já se imaginava, nos bastidores. Abandonou a fidelidade do grupo ‘raiz’ do bolsonarismo na Paraíba e preferiu entregar a formação de seu palanque no Estado ao pragmatismo e à habilidade política do deputado Wellington Roberto (PL).
Wellington, que já lançou o filho (Bruno Roberto) como pré-candidato ao Senado, é o “líder máximo” do PL que está “encaminhando” a formação da chapa.
“A aliança na Paraíba está resolvida. É um Estado que eu não tinha acesso quase nenhum”, afirmou o presidente, minimizando os anos de dedicação de nomes como os deputados Cabo Gilberto (PSL) e Walber Virgolino (Patriota) – seus fiéis seguidores.
O grupo de Wellington demonstra simpatia pela pré-candidatura do comunicador Nilvan Ferreira (PTB) ao Governo. Mas a prioridade mesmo deve ser, não é difícil concluir isso, eleger Bruno Roberto para o Senado.
Cabo Gilberto e Walber, que por anos levantaram a bandeira do ‘capitão’, não serão protagonistas nesse processo.
Manda esses dois otários fazerem arminhas
O caso é um tanto enigmático, pois trata-se de um Cabo de mente fértil e um Delegado de juízo adubado. O jovem Bruno, calmo e de têmpera mansa, mais parece um sacristão balançando o turíbulo pendurado na mão jorrado incenso nos fiéis. O mestre Nilvan, um cadete na política aspirando o estrelado lendo minuciosamente e pausadamente a Cartilha de seu ex Tutor, o irreverente e saudoso JM, lhe deixara como aprendizado. Um verdadeiro xadrez. O engenheiro JA, na sua Mc Laren, voando a 380 por hora sobre os catabis do Sertão, Cariri, Curimataú Agreste, Brejo e Litoral. O ex Cabeludo da Rainha da Borborema partindo de jeito monótono com seus oxítonas na língua, herdado do genitor, para salpicar a audição dos eleitores. O Pedro com a camisa e a calça busca verbalizar os mandamentos dos bons costumes no juízo dos descrédulos. E assim prossegue o tic tac da política tabajarina.