Convenções na Paraíba terminam sem grandes surpresas, mas com ‘enxurrada’ de dissidências; veja principais

Estado tem sete candidaturas ao Governo do Estado

O prazo final das convenções partidárias terminou. Três dos sete candidatos ao Palácio da Redenção deixaram para realizar os eventos ontem: o governador João Azevêdo (PSB), o comunicador Nilvan Ferreira (PL) e o senador Veneziano Vital (MDB). Mas sem grandes surpresas.

Foram homologados nomes de candidatos a vice, por exemplo, que já vinham sendo ‘cotados’ nos bastidores.

Outras quatro candidaturas já tinham sido homologadas: Adjany Simplício (PSOL), Antônio Nascimento (PSTU), Major Fábio (PRTB) e Pedro Cunha Lima (PSDB).

Alguns outros partidos que disputarão vagas para Assembleia e Congresso Nacional também fizeram convenções ‘protocolares’. Com exceção do PDT, que decidiu-se pela candidatura de Pedro, o restante manteve as posições já assumidas ao longo da pré-campanha.

Mas as convenções deixaram uma ‘enxurrada’ de dissidências, desapontamentos e disputas por espaços a serem resolvidas durante a campanha.

Na chapa de Adjany Simplício, a costura feita pela federação partidária do PSOL e Rede deverá ser quebrada. É que boa parte do partido Rede, no Estado, deverá apoiar a candidatura à reeleição de João Azevêdo.

Já a candidatura de Pedro Cunha Lima conseguiu atrair o apoio do PDT paraibano, mas o principal nome da legenda, a vice-governadora Lígia Feliciano, ficará com Azevêdo.

Na chapa governista a temperatura continua elevada. Os aliados não se entendem quando o assunto é a disputa pela vaga no Senado Federal. O Republicanos vai com Efraim Filho (União), enquanto parte significativa dos prefeitos e deputados do Progressistas decidiu apoiar Bruno Roberto (PL).

No bloco do senador Veneziano, há fissuras no PC do B e no PV.

Os dois partidos oficialmente apoiam o emedebista, por conta da decisão da federação nacional. Mas informalmente os seus membros, na Paraíba, continuam com o Governo. Alguns dissidentes do PT, como o deputado Frei Anastácio, seguem o mesmo caminho.

Ponto crucial

O cenário demonstra uma obviedade: as mudanças legislativas recentes, com o advento das federações, que tentaram fortalecer os partidos políticos brasileiros e manter ‘casamentos’ entre legendas, não funcionaram.

As conveniências paroquiais continuam dando as cartas do jogo. O conteúdo programático dos partidos, as ideologias… seguem fazendo parte, tão somente, do dicionário teórico da política brasileira.

Na prática, tudo é bem diferente.