PLENO PODER
A encruzilhada de Felipe Leitão: confiar, ou não confiar, em acordo de Galdino com Ribeiros
Deputado deve se reunir no fim de semana com Hugo Motta
Publicado em 19/12/2025 às 11:15 | Atualizado em 19/12/2025 às 11:28

O deputado estadual Felipe Leitão (Republicanos) está diante de uma encruzilhada. Com uma boa relação com o prefeito Cícero Lucena (MDB), ele terá que optar por apoiá-lo na disputa pelo Governo do Estado em 2026 ou embarcar na candidatura de Lucas Ribeiro (PP), gestada por Aguinaldo Ribeiro (PP) e Hugo Motta (Republicanos).
A decisão está agendada para ser anunciada na próxima segunda-feira (22), em um hotel da Capital. Antes disso o deputado terá um último encontro com Hugo Motta no fim de semana.
Mas as contas de Felipe não são fáceis. Possuem condicionantes que só poderão ser conhecidas após as eleições do próximo ano. Uma delas é o desejo do deputado ser escolhido como nome do Republicanos e da base do futuro Governo como candidato à Presidência da Assembleia.
Leitão trabalha há tempos para ser o sucessor de Adriano Galdino (Republicanos) e ouviu, recentemente, o atual presidente dizer que um acordo entre ele e os Ribeiros foi determinante para sua permanência na base governista.
De acordo com Galdino, o acordo prevê que o Republicanos fique na Presidência da Assembleia pelos próximos dois biênios.
Ocorre que a revelação não tem sido bem digerida por muitos deputados, entre eles Eduardo Carneiro (Solidariedade), apontado como alguém muito próximo de Aguinaldo e que também tem disposição para comandar a Mesa Diretora.
O reflexo imediato disso é que Felipe passou a ter uma "pulga atrás da orelha" com relação ao tema. Primeiro sobre se será mesmo indicado pelo Republicanos para a disputa pela Presidência. Depois se os Ribeiros irão, de fato, cumprir o acordo dos biênios - caso Lucas seja eleito governador próximo ano.
Respostas que Felipe não poderá ter agora...
É por isso que a confiança é algo relevante. Confiar, ou não confiar, pode ser determinante para a tomada de decisões em momentos críticos. Uma bússola interessante é o passado e as relações que foram construídas com os atores envolvidos ao longo dos anos.
Felipe, que deve ter uma reeleição tranquila para Assembleia, está diante de um dilema. Basicamente é confiar, ou não confiar, nos Ribeiros.

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