PLENO PODER
A lógica da política é a soma, mas o PT da Paraíba subtrai
Executiva apresentou nomes como alternativas de vice para chapa do senador Veneziano Vital
Publicado em 05/07/2022 às 19:01 | Atualizado em 05/07/2022 às 19:11
Imaginem só um partido político que já não anda tão bem das pernas. Nas últimas eleições municipais, elegeu apenas um dos 223 prefeitos paraibanos. Mantém um deputado federal e alguns poucos na Assembleia. Algumas de suas principais lideranças, recém chegadas, estão tentando voltar ao cenário estadual após serem alvo de denúncias de fraudes e desvios.
Esse partido, racionalmente falando, deveria estar aberto a novos aliados, ao diálogo construtivo e a somar novos apoios e engajamentos.
Mas o PT paraibano tem invertido a lógica. Em vez de somar, subtrai as possibilidades de fortalecimento.
Isso aconteceu recentemente, quando o partido deixou o deputado Anísio Maia e outros petistas históricos serem punidos, provocando a saída de Maia. E agora, com o exclusão de nomes ligados ao ex-prefeito Luciano Cartaxo da lista de prováveis candidatos a vice na chapa do senador Veneziano Vital (MDB).
Inexplicavelmente, os Cartaxos foram retirados da lista apresentada pela executiva estadual da legenda ontem.
Digo de forma inexplicável porque, embora não seja unanimidade dentro do partido, o ex-prefeito e seu irmão mantêm ainda um espólio eleitoral que não pode ser ignorado. Maior, aliás, que o potencial de alguns dos indicados na lista petista.
Ao comentar hoje a decisão partidária, o ex-prefeito tentou, mas não conseguiu esconder o desapontamento. "Página virada", limitou-se a dizer.
A decisão de excluir prejudica o próprio PT. Luciano, que andava 'pouco empolgado' com a disputa majoritária estadual, agora deverá se distanciar ainda mais dos petistas que irão para o embate.
Uma subtração que poderia, pelo menos, ter sido postergada. De uma política que soma o PT paraibano tem passado longe...
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