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PLENO PODER

Aguinaldo 'empurra' Cícero para fora do PP e expõe, ainda mais, risco de rachadura na base

Grupo vive dilema entre pré-candidaturas de Lucas, Cícero e Galdino

Publicado em 30/07/2025 às 11:31


				
					Aguinaldo 'empurra' Cícero para fora do PP e expõe, ainda mais, risco de rachadura na base
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil. Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Acostumado a ter uma postura silenciosa e de bastidores, o deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) 'usou o verbo' ontem para mirar, diretamente, um de seus principais companheiros de partido: o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena - que tem se colocado, assim como Adriano Galdino (Rep), como pré-candidato a governador em 2026.

A entrevista foi aos jornalistas Heron Cid e Wallisson Bezerra.

Sem maiores arrodeios, mas de forma polida, Aguinaldo abriu a porta do partido para a saída do prefeito. Isso ao cobrar, publicamente, o pagamento de uma 'fatura' de apoios que, na avaliação dele, o gestor teria para com o grupo.

Relembrou, por exemplo, que foi o PP que apostou em Cícero na disputa pela prefeitura pessoense em 2020; e que o partido esteve ao lado de Lucena, também, em 2024 - quando ele enfrentou uma oposição implacável e investigações da PF. Mas Aguinaldo não mencionou que a família dele e aliados participam do bônus e dos cargos da gestão municipal de Cícero - sendo a mãe, Virgínia Veloso, secretária de Políticas para Mulheres.

Ribeiro disse ainda que Cícero foi eleito para uma gestão de quatro anos, mas esqueceu que o sobrinho, Lucas Ribeiro (PP), também tinha sido eleito em 2020 para permanecer quatro anos como vice-prefeito de Campina Grande - mas em 2022 deixou o cargo para ser vice-governador de João Azevêdo (PSB).

As palavras de Aguinaldo, muito provavelmente combinadas com Azevêdo, são quase um terremoto para a base do Governo. É que a crise interna ocorre há tempos, mas não tinha sido ainda explicitada de forma mais dura por um de seus principais caciques.

E a escala projetada, pelo tremor de terras, é uma espécie de 'empurrão' no prefeito pessoense para que ele deixe o partido, caso esteja decidido a continuar buscando uma pré-candidatura ao Governo. Em um momento em que Cícero tem sido cortejado por outras legendas, como o PSDB.

A saída de Cícero do PP, para Aguinaldo, teria um propósito nesse momento. Deixar que Lucas tente construir, sem sombras, a sua viabilidade para a disputa no ano que se aproxima.

Além disso, o discurso foi também uma cobrança, mesmo que indireta, ao governador João Azevêdo, por uma definição mais rápida sobre a sucessão estadual.

Desfecho

Se Cícero aproveitará a porta aberta, é uma outra história. Mas a paciência de Aguinaldo, antes aparentemente inabalável, começa a desmoronar diante do risco iminente de desidratação da base.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

João Paulo Medeiros

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