PLENO PODER
Alvo de 'briga política', projeto do VLT de Campina é discutido há quase 10 anos
Publicado em 11/07/2019 às 10:43 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:50
Em 2010, um requerimento do vereador Olímpio Oliveira (MDB) já pedia a implantação do VLT na cidade
Motivo de disputa entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Campina Grande, o projeto para implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Campina Grande começou a ser discutido há quase dez anos. Em 2010, o vereador Olímpio Oliveira (MDB) apresentou pela primeira vez na Câmara de Vereadores um requerimento pedindo ao então prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PSB) que priorizasse o tema.
Passados quase dez anos o projeto nunca saiu do papel e essa semana voltou a ser debatido na cidade - infelizmente, de forma pouco inteligente. Na segunda-feira o governador João Azevedo (PSB) anunciou, durante uma audiência com o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, que a cessão da linha férrea seria dada ao Governo do Estado para a implantação do VLT.
No dia seguinte, o prefeito Romero Rodrigues (PSD) se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em Brasília e recebeu dele a garantia de que o domínio sobre os trilhos seria dado à prefeitura, para a execução do projeto pelo município.
Inflexíveis
O debate entre os dois lados (Estado x Prefeitura) se resume, ao que parece, a quem será o "pai da obra". Até agora, nenhuma das partes apresentou o projeto à sociedade, nem muito menos se mostrou flexível para sentar à mesa e discutir o imbróglio.
Na busca pelos dividendos políticos que podem resultar da obra, Prefeitura e Estado parecem esquecer que, no fim das contas, a população não tem o menor interesse em saber quem sairá vitorioso dessa batalha. O que as pessoas querem, de fato, é que o VLT, proposto há quase dez anos, torne-se realidade. E mais: que ele contribua com a qualidade de vida e com a mobilidade em Campina Grande. Apenas isso.
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