PLENO PODER
Ano termina com expectativas sobre posição de peças no xadrez político da Paraíba
Apoios devem ser anunciados nos primeiros meses de 2026
Publicado em 31/12/2025 às 12:01 | Atualizado em 31/12/2025 às 14:48

O ano de 2025 está terminando com rompimentos na base do governador João Azevêdo (PSB) e com expectativas sobre a posição que algumas peças irão adotar quanto às eleições do próximo ano. Com a chegada de Cícero Lucena (MDB) na oposição, o grupo ampliou os horizontes para a futura disputa, mas ainda aguarda definições importantes.
A primeira delas passa pela decisão do grupo Toscano, em Guarabira. A deputada Camila Toscano (PSDB) e a prefeita Léa Toscano (União Brasil) devem anunciar apoio ao prefeito Cícero Lucena no próximo dia 8 de janeiro.
O movimento deverá desfalcar o projeto do senador Efraim Filho (União Brasil) e mantê-lo com riscos de isolamento junto ao bolsonarismo no Estado.
Morais, contudo, ainda não perdeu a esperança de ter o apoio da família Cunha Lima em Campina Grande. Conseguiu essa sinalização do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), mas percebe cada vez mais distante essa possibilidade quanto ao ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) e ao senador Cássio Cunha Lima.
As movimentações, desse momento, apontam para um apoio desses atores, juntamente com o deputado Romero Rodrigues (Podemos), também para a chapa de Cícero e do senador Veneziano (MDB).
Em uma outra frente é Veneziano o principal articulador para atrair o PT, da deputada Cida Ramos, para o projeto oposicionista. Mas o partido parece dividido e dependente, mais uma vez, de uma deliberação nacional para 'bater o martelo'.
É que o grupo Ribeiro - de Aguinaldo, Lucas e Daniella - ainda não desistiu de ter a legenda em seu arco de alianças. Conta, para isso, com a força da caneta de Hugo Motta (Republicanos) na Presidência da Câmara, além do alinhamento de João Azevêdo com o presidente Lula (PT).
Deverá pesar na decisão dos petistas o cenário nacional, mas não se pode perder a perspectiva da chegada de novos nomes na legenda no Estado - com capital político para projetar o PT paraibano para o futuro. Fala-se, por exemplo, na possibilidade de filiação do vice-prefeito da Capital, Léo Bezerra (PSB), no partido. Movimento que teria peso para desequilibrar, em favor da oposição, a disputa entre Lucas x Cícero pelo apoio dos petistas.
Uma outra peça desse tabuleiro é o deputado federal Ruy Carneiro, do Podemos. Ele termina o ano com portas abertas para permanecer na oposição, com Efraim, ou migrar para a base com um apoio eventual a Lucas Ribeiro. A decisão, quando for tomada, certamente também precisará ser contabilizada.
Então, amigos, preparem-se porque os primeiros meses de 2026 prometem. E quem conseguir atrair o maior número desses atores sairá fortalecido para a disputa vindoura.

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