Ao falar sobre Senado, Azevêdo ocupa espaço e sinaliza que não pretende ficar sem foro privilegiado

O governador João Azevêdo (PSB) decidiu ocupar terreno no debate político do Estado. Ontem, ao ser questionado sobre a possibilidade de disputar o Senado Federal em 2026, o socialista classificou como "provável" a hipótese. Mas elencou outras duas: de deixar a vida pública ou disputar uma vaga na Câmara Federal.

Uma saída da política, agora, é pouco inteligente.

Dificilmente Azevêdo cometerá o mesmo erro estratégico do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que abdicou de disputar as eleições em 2018 e, após perder o foro privilegiado, acabou sendo engolido pela Operação Calvário.

João, que chegou a ser citado na investigação junto ao STJ, não deverá percorrer o mesmo caminho.

Como ele mesmo disse, a alternativa "provável" é de que encare a briga por uma das duas vagas no Senado. Não será um percurso simples, considerando outros nomes fortes que já se colocam como potenciais candidatos - a exemplo de Veneziano, Daniella e Hugo Motta - mas a história recente mostra que o Senado tem sido um abrigo para vários ex-governadores.

Ir para a Câmara Federal também não parece uma tese convincente.

Ontem, ao falar sobre o tema, João Azevêdo ocupou espaço. Entrou em um debate que, mais cedo ou mais tarde, será travado dentro e fora de sua base.

O sinal serve de alerta para outros futuros postulantes...