PLENO PODER
Cássio promete apoio a Romero para governador em 2026, mas equação não é simples
Publicado em 27/12/2023 às 20:47
O ex-senador Cássio Cunha Lima entrou em campo hoje, publicamente, para tentar manter a unidade do grupo em Campina Grande no próximo ano.
Questionado pela imprensa, Cunha Lima defendeu a continuidade do ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos) no agrupamento e prometeu apoiá-lo num projeto para o Governo do Estado em 2026.
A tese de apoio a Romero em 2026 vem sendo semeada há tempos por outros membros do grupo. O próprio Pedro e o deputado Fábio Ramalho já tinham adotado o mesmo discurso.
Mas há algo que precisa ser dito. Pode até parecer fácil para alguns, mas formatar essa conjuntura não é simples. E acreditar no projeto, para Romero, terá que ser um exercício de futurologia homérico.
E explico.
Primeiro ponto: dentro do grupo já há outros atores interessados em disputar o Governo estadual no próximo pleito. O senador Efraim Filho, por exemplo, é um deles. E não perderia nada em arriscar daqui a dois anos indo para o embate.
O próprio prefeito Bruno, reeleito, é um outro nome com potencial para a disputa. Eventualmente no comando da prefeitura, poderia não hesitar de partir para um projeto majoritário em 26.
E ressalto um ponto. Nos dois casos, tanto Efraim como Bruno partiriam em vantagem. Efraim por ter mais quatro anos de mandato assegurados. Bruno por estar sentado na cadeira de prefeito - o que, inegavelmente, favorece a qualquer um para alçar novos voos.
Segundo ponto. A outra hipótese prometida a Romero seria a disputa para o Senado. Mas o próprio Cássio fez uma observação relevante: uma das vagas do grupo Cunha Lima já está acertada com o senador Veneziano Vital, do MDB.
Ou seja: sobraria para Romero a segunda vaga. E cá entre nós: é muito pouco provável a composição de numa mesma chapa contendo dois candidatos ao Senado de uma mesma base eleitoral: Campina Grande. Acreditar nessa possibilidade é a mesma coisa que imaginar que a Praça da Bandeira se transformará em um espaço com neve na próxima semana.
De toda sorte, o ex-senador campinense cumpriu o seu papel. Defendeu a unidade, afagou o ego de Romero e lembrou a Bruno de que é preciso reconhecer o trabalho dos que já passaram pela prefeitura.
Acreditar e apostar nessas teses, agora, caberá a Romero Rodrigues.
Em tese, ele possui hoje dois caminhos. Continuar na Câmara Federal e apostar as fichas de que será apoiado pelo grupo Cunha Lima, em 2026; ou tentar voltar à prefeitura e ter, depois de 2024, mais força para caminhar com as próprias pernas para uma eventual disputa estadual.
Veja vídeo publicado pelo Blog de Max Silva
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