PLENO PODER
Com cenário adverso, Sérgio Queiroz anuncia que não disputará Senado em 2026
Pastor disputou vaga em 2022 e obteve mais de 230 mil votos
Publicado em 09/07/2025 às 11:46

O pastor Sérgio Queiroz, do partido Novo, anunciou hoje pela manhã que não disputará o Senado Federal no próximo ano. O nome dele vinha sendo cotado para ocupar esse espaço no campo bolsonarista paraibano. Na justificativa apresentada está a decisão de ampliar a sua dedicação junto à igreja.
A justificativa merece ser considerada, mas não é certamente a única. Na política, ela precisa ser observada pragmaticamente com o somatório de, pelo menos, dois outros pontos.
O primeiro é que uma candidatura de Queiroz ao Senado em 2026 teria dificuldades do ponto de vista da viabilidade.
É que no cenário atual nomes como Veneziano Vital (MDB), João Azevêdo (PSB), Daniella Ribeiro (PP) e Nabor Wanderley (Rep) partem na frente em uma possível disputa. Eles têm como aliados a força do municipalismo e das Emendas parlamentares, ou, no caso de João, o rescaldo do capital político de quem terá ocupado o cargo de governador por 8 anos.
Mesmo tendo obtido em 2022 uma votação expressiva, com mais de 230 mil votos, o pastor precisaria derrubar 'um leão por dia' para superar a desvantagem estrutural.
O outro elemento é que a saída dele no xadrez abre espaço para a chegada de novos atores. É o caso do senador Efraim Filho (UB), por exemplo, que a partir da definição da Federação União Progressista poderá fazer um movimento mais retilíneo em direção ao bolsonarismo.
Nos bastidores a costura indica que Efraim seria o candidato do grupo, criando um 'palanque raiz' para o bolsonarismo. Queiroga, com isso, abraçaria o risco de uma candidatura ao Senado.
Avaliando esses fatores todos, certamente, Queiroz preferiu ficar na segunda faixa das trincheiras. Como ele mesmo disse, nas redes sociais, atuando como "enfermeiro" na guerra provocada pela polarização política nacional.
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