Debate em eleições de 2024 precisa ser sobre resultados e não sobre sobrenomes

O fim de semana foi de troca de farpas entre o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) e o governador João Azevêdo (PSB). Após um discurso inflamado na última quinta-feira, durante uma plenária do PSB em Campina, João foi acusado de ter desrespeitado a memória do ex-governador Ronaldo Cunha Lima - avô de Pedro. No discurso, o governador afirmou que Campina teria sido 'descuidada' por gestores que se notabilizaram por "versos e prosas".

A frase foi interpretada, por alguns, como uma referência a Ronaldo. Mas o contexto do discurso, voltado muito mais para o cenário deste ano, comporta muito mais o prefeito Bruno Cunha Lima (UB), o senador Veneziano Vital (MDB) e o próprio Pedro.

Bruno e Pedro, por exemplo, também usam a poesia em seus discursos. Já Veneziano costuma utilizar um vocabulário rebuscado.

Nas redes sociais e em forma de poesia, Pedro rechaçou o discurso de João. E ontem João publicou uma réplica em forma de nota.

Discussão é secundária

Independente de quem tem razão nessa discussão, ela é secundária. Não pode se tornar tema ou 'norte' principal para o debate eleitoral deste ano em Campina Grande. A pauta principal precisa ser a análise dos resultados, das gestões e dos serviços e obras entregues, efetivamente, às populações. E isso serve para outras cidades do Estado também.

As pessoas estão preocupadas com o que modifica para melhor, de fato, o cotidiano nos municípios. As farpas sobre sobrenome até fazem parte da crônica política, mas não devem ser o 'prato principal' dos pleitos.

Seguem abaixo os vídeos e a nota