PLENO PODER
Deputado se filia ao 6° partido nesta sexta-feira; confira a 'sopa de letras'
Felipe Leitão é vice-presidente da Assembleia e vai para o Republicanos
Publicado em 30/05/2025 às 9:13

Vez por outra a gente escuta falar em crise na 'democracia representativa' no Brasil. E de fato estamos diante, já faz um tempo, desse fenômeno. Uma das razões é a fragilidade das instituições partidárias.
É fato que tivemos recentemente alguns movimentos para tentar dar mais consistência ao sistema, com a criação da cláusula de barreira e o advento das federações. Isso tem reduzido a quantidade de legendas. Algumas que funcionavam apenas como trampolim para candidaturas.
Mas qual a relação disso com o título deste post?
Explico.
Hoje o deputado e vice-presidente da Assembleia, Felipe Leitão, assina a ficha de filiação ao Republicanos - maior partido da Paraíba. A legenda passará a ter 9 cadeiras na 'Casa', ocupando impressionantes 25%.
A musculatura do partido, certamente, pesou na escolha. O grupo, que tem o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta, trabalha para eleger 12 ou 13 deputados estaduais no próximo ano. Algo que favorece quem estiver disputando vagas pela agremiação.
O mais novo membro, Felipe, deixou o PSD do ex-ministro Gilberto Kassab após uma mudança nos rumos do partido no Estado.
Mas essa não é a primeira vez que o deputado muda de partido. O histórico dele, nas disputas eleitorais paraibanas, é uma verdadeira 'sopa de letras'.
Em 2008, quando foi candidato pela primeira vez, Leitão foi eleito vereador de João Pessoa pelo PRP. Quatro anos depois disputou a reeleição pelo PP. Em 2016 foi mais uma vez para a disputa, dessa vez pelo PSL.
Já em 2018 ele foi eleito deputado estadual pelo Patriota. E em 2022 conquistou novamente o mandato na Assembleia pelo PSD.
Ontem, em declarações à imprensa, Leitão disse que encontrou no Republicanos uma identificação com o seu perfil. Um partido, segundo ele, que cumpre compromissos.
Depois de passar por tantas legendas, o leitor certamente diria que "já estava na hora" de encontrar uma identidade - sob pena das mudanças partidárias todas serem entendidas apenas sob o plano das conveniências políticas.
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