Com votos de oposicionistas, empréstimos da prefeitura de Campina Grande são aprovados

Foram aprovados os dois empréstimos que ultrapassam R$ 300 milhões solicitados pela prefeitura de Campina Grande. A votação aconteceu na sessão ordinária da Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (4).

A aprovação contou com votos de vereadores da bancada de oposição: Severino da Prestação, Dona Fátima e Renan Maracajá. O placar final foi 16 a 6. Os dois terços necessários. Pelo regimento interno, o presidente, Marinaldo Cardoso, não vota.

A mudanças na Lei Orgânica do Município para que o presidente possa votar em matérias que exijam quórum qualificado e também a redução de votos mínimos em projeto que verse sobre empréstimos, que tinham sido cogitadas pela base de situação, não precisou entrar em pauta.

Confira como votaram os vereadores:

A favor

Aldo Cabral
Ruy da Ceasa
Hilmar Falcão
Janduy Ferreira
Ivonete Ludgério
Renan Maracajá
Luciano Breno
Saulo Noronha
Dona Fátima
Severino da Prestação
Waldeny Santana
Dinho
Saulo Germano
Fabiana Gomes
Carol Gomes
Alexandre Pereira

Contra

Eva Gouveia
Jô Oliveira
Olímpio Oliveira
Anderson Pila
Pimentel Filho
Rostand Paraíba

ENTENDA OS EMPRÉSTIMOS

A prefeitura de Campina Grande pediu autorização para contrair dois financiamentos. O primeiro é no valor de 52 milhões de dólares com o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fontplata) e o outro é de 40 milhões de reais com o Banco do Brasil.

Segundo o prefeito Bruno Cunha Lima, esses recursos são necessários para que o município tenha condições de tocar obras estruturantes, como a revitalização do Açude Velho, abertura de avenidas, pavimentação de centenas de ruas e várias outras.

O gestor diz que a prefeitura conseguiu fazer recentemente um ajuste fiscal e quitou antecipadamente R$ 126 milhões em dívidas, além de abater, em juros futuros, mais de R$ 500 milhões.

Com a capacidade fiscal recuperada junto à União, solicitou os empréstimos com uma taxa de juros de 2,1% ao ano e o prazo de pagamento deve ser a partir de 120 meses.

Para a oposição, esses financiamentos colocam em risco as contas da prefeitura, o pagamento da folha de pagamento dos servidores e futuras gestões.