PLENO PODER
Governador, prefeito e MPs discutem hoje 'regras da pandemia' em Campina Grande
Nas redes sociais, prefeito Bruno Cunha Lima reconheceu agravamento da crise, mas questionou 'rebaixamento' da cidade para a bandeira laranja
Publicado em 07/03/2021 às 8:11 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:21
Uma videoconferência, marcada para hoje à tarde, deverá começar a definir as regras que passarão a valer em Campina Grande pelos próximos dias. O encontro ocorre após a mudança no enquadramento da cidade na classificação de riscos feita pelo Governo do Estado.
A reunião deverá ter a participação do governador João Azevêdo, do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima; de representantes do Ministério Público, do TCE e da prefeitura de João Pessoa.
O debate deverá definir quais serão as medidas de isolamento social que passarão a ser consideradas, diante do agravamento da crise.
É que em Campina um decreto municipal regulamentou, de forma menos dura, o funcionamento de igrejas, bares e restaurantes. Mas, diante do 'rebaixamento' das bandeiras, a cidade ficaria sob os efeitos do decreto estadual, que impõe toque de recolher, o fechamento de bares e restaurantes a partir das 16h e a suspensão de celebrações religiosas.
Ontem à noite, em suas redes sociais, Bruno Cunha Lima lembrou que boa parte dos pacientes que ocupam leitos hoje, em Campina, é de outras cidades. "Qual o sentido de rebaixar Campina de bandeira pelo fato de nossos leitos estarem ocupados por pacientes que vieram ser socorridos na cidade?", questionou.
O prefeito disse, contudo, que só irá se posicionar oficialmente sobre as novas regras após a videoconferência de hoje.
Quando esteve em uma bandeira laranja, ano passado, o município também flexibilizou de forma independente algumas regras do Plano Novo Normal.
Agora, porém, a Paraíba vive o seu pior momento em termos de pandemia. Dados da Secretaria de Saúde do Estado mostram que 88% dos leitos de UTI no Estado estão ocupados. Em João Pessoa e no Sertão esses índices chegam a 94%. Em Campina o percentual é de 74%.
Mesmo com as reclamações públicas, o momento requer espíritos desarmados, diálogo, sensatez e ações dos gestores públicos. O endurecimento das regras, diante dos riscos de um colapso total no sistema de saúde, parece inevitável.
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