PLENO PODER
Greve na UEPB: Reitoria e secretários de estado faltam à sessão de mediação da ALPB
Sessão visava a discussão de caminhos para o encerramento da paralisação.
Publicado em 18/11/2025 às 12:30

A greve dos professores da UEPB segue sem grandes expectativas de chegar a um desfecho. Na manhã desta terça-feira (18), uma sessão especial foi realizada na ALPB para mediar a discussão entre o comando de greve, a Reitoria da instituição e o Governo do Estado. No entanto, apenas os professores compareceram.
Na pauta do dia, estavam previstas as presenças do secretário de estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Cláudio Furtado; do secretário de estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Gilmar Martins; e da reitora da UEPB, Célia Regina Diniz. Todos faltaram à sessão.
A sessão foi proposta pela deputada Cida Ramos (PT), da Comissão de Educação; e pelo deputado Taciano Diniz (União), da Comissão de Orçamento. A petista, inclusive, foi a única parlamentar que compareceu a uma audiência pública convocada em outubro para discutir a greve da UEPB.
A sessão foi presidida pelo deputado Felipe Leitão (Republicanos), e contou com a presença de parlamentares da bancada governista e também do bloco de oposição.
Na última semana, o comando de greve se reuniu com a Reitoria da UEPB para solicitar a instalação de uma mesa tripartite, entre a Aduepb, a Reitoria e o Governo do Estado. A proposta foi reforçada pela professora Elisabete Vale, presidente da Aduepb, na tribuna da ALPB.
"Apesar da ausência do Governo e da Reitoria, que, no mínimo, é um desrespeito à categoria (docente), o comando de greve tem apostado no diálogo. Esse diálogo passa por uma mesa tripartite, onde sente Governo, gestão da universidade e movimento de greve. Não dá para sair de uma greve a partir de uma nota de uma reunião entre Governo e Reitoria", disse Elisabete Vale.
Greve já dura quase dois meses
Os professores da UEPB declararam greve no dia 18 de setembro, com a paralisação sendo instaurada, de fato, no dia 22 do mesmo mês. Entre as pautas do movimento grevista estão a realização de concursos públicos, a recomposição salarial e o respeito à Lei da Autonomia, implementada há mais de 20 anos.
Governo e Reitoria fizeram propostas para o encerramento da greve, mas ambas foram rejeitadas pelo movimento grevista. Na oferta mais recente, a gestão da UEPB propôs um deságio de 40% dos retroativos nas progressões dos docentes e um parcelamento em 24 vezes do valor restante.
Texto: Gabriel Abdon

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