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PLENO PODER

'Incêndio' na base de João Azevêdo mostra que, na política, o óbvio nem sempre deve ser dito

Declaração do governador provocou indignação do presidente da Assembleia

Publicado em 16/01/2025 às 9:12 | Atualizado em 16/01/2025 às 9:22


				
					'Incêndio' na base de João Azevêdo mostra que, na política, o óbvio nem sempre deve ser dito
Foto: Angélica Nunes

A política não é uma ciência matemática. É uma 'arte' em que nem sempre o que é óbvio, aquilo que é previsível, acontece. Não à toa muitos estudiosos dessa ciência costumam destacar o seu dinamismo.

E mais que isso. Na política, o óbvio às vezes pode e deve ser dito. Mas em outras situações ele sequer deve ser lembrado.

As considerações iniciais são para ilustrar o caso específico do 'incêndio' na base do governador João Azevêdo (PSB), a partir de uma declaração dada por ele na última segunda-feira à noite - ao jornalista Luís Torres.

João disse que, caso deixe o Governo em 2026, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) assumirá o comando e "provavelmente" será candidato à reeleição.

O governador disse o óbvio, até mesmo do ponto de vista da linha sucessória prevista na legislação. Só que, ao dizer, ele criou um problema. Aliás, mais de um.

A frase se encaixa bem na máxima que iniciei mencionando no início do texto: o óbvio, na política, às vezes precisa ser evitado.

O primeiro desdobramento foi a reação do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos). Ontem, também em entrevista ao Sistema Arapuan, Galdino classificou a declaração de João como "desastrosa". E afirmou, resumidamente, que não aceitará ser esquecido no processo sucessório de 2026. Ele tem se colocado também como pré-candidato ao Governo.

A declaração do governador foi precipitada. É que o processo eleitoral de 2026 ainda está distante e há outros atores envolvidos nessa construção. Adriano Galdino é um deles. O deputado Hugo Motta (Republicanos) e o prefeito Cícero Lucena (PP) também.

Ao dizer que Lucas será, "provavelmente", o candidato, João acaba desconsiderando a formação de uma chapa que será composta por outros aliados.

O peso de suas palavras, por ser o governador e em tese o condutor dessas articulações, é muito mais significativo.

Com o afago ao vice, o governador acaba ampliando a expectativa de poder em torno de Lucas. Um movimento que, a médio prazo, não é bom para o próprio João Azevêdo.

Adriano, claro, também quis marcar terreno. A oposição, por outro lado, comemorou. O que é natural...

O fato é que a confusão, provocada por uma obviedade dita, merece servir de lição para um grupo que tentará seguir unido no próximo pleito.

Imagem ilustrativa da imagem 'Incêndio' na base de João Azevêdo mostra que, na política, o óbvio nem sempre deve ser dito

João Paulo Medeiros

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