PLENO PODER
Jovens de áreas rurais da Paraíba comandavam ameaças a escolas e 'vaquinhas' para ataques
Investigados residem em São José da Mata e na zona rural de Lagoa Seca
Publicado em 03/05/2023 às 11:28 | Atualizado em 03/05/2023 às 12:47
A investigação feita pelo Gaeco e pelas polícias Civil e Federal, para identificar ameaças e prevenir possíveis ataques em escolas, encontrou elementos estarrecedores. Um deles é que os investigados chegaram a promover até 'vaquinhas' para arrecadar fundos para possíveis investidas. Nenhum ataque foi registrado em escolas do estado.
A informação faz parte da representação feita à Justiça durante a operação Libertatis deflagrada hoje.
Um outro dado que chamou a atenção dos investigadores é que a maior parte dos jovens investigados reside em áreas rurais da Paraíba.
Dois moram no Distrito de São José da Mata, em Campina Grande; e um outro na zona rural da cidade de Lagoa Seca. Um quarto jovem reside no bairro do Monte Santo, em Campina.
As investigações apontaram que um deles seria o administrador do domínio da rede social Volo, apontada como plataforma que estaria contribuindo para a disseminação das ameaças. Um outro investigado é proprietário da empresa que hospedava o site. A polícia pediu a prisão dos dois, mas a Justiça autorizou apenas o cumprimento de buscas.
O grupo é formado por jovens com idades entre 18 e 34 anos.
"Não se sabe ainda qual o tamanho de toda a estrutura que funciona acerca do site VOLO, porém está caracterizado que essa rede social se dedica a diversos tipos de crimes, afrontando as Autoridades Estatais, pois afirma a seus usuários que ela não responde nem obedece a decisões judiciais, instigando todos que lá se cadastram a tratarem como normais assuntos criminosos", relatam os investigadores.
A operação
A operação de hoje é um desdobramento da ação realizada na última semana com o Ministério da Justiça para a suspensão da rede social VOLO. Foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão, sendo um na sede de uma empresa na cidade de João Pessoa, suspeita de hospedar o domínio da rede social Volo.
Todos suspeitos de criar perfis falsos na rede social volo, utilizando dados falsos para disseminar mensagens extremistas de apologia a vários crimes, em especial ataques a escolas, sempre com justificativa do uso de liberdade de expressão.
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