PLENO PODER
Mais de 30 prefeituras da Paraíba gastam mais com festas do que com investimentos, aponta TCE-PB
Auditoria revela desequilíbrio em prioridades orçamentárias e cobra mais responsabilidade na aplicação dos recursos públicos
Publicado em 18/06/2025 às 11:11 | Atualizado em 18/06/2025 às 14:40

O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) identificou um dado preocupante em uma auditoria divulgada nesta quarta-feira (18): 32 prefeituras paraibanas destinaram mais recursos para festas do que para investimentos em infraestrutura ao longo de 2025 (até 6 de junho).
Essa prática acendeu o alerta da Corte de Contas, que chama atenção para os riscos de comprometer áreas prioritárias como saúde, educação e serviços essenciais.
Em média, os municípios paraibanos gastaram R$ 35,21 por habitante com festividades apenas nos cinco primeiros meses do ano.
Cidades que mais gastaram com festas do que com investimentos:
- Aguiar
- Alcantil
- Algodão de Jandaíra
- Amparo
- Areia de Baraúnas
- Areial
- Baía da Traição
- Barra de São Miguel
- Belém
- Bernardino Batista
- Boa Vista
- Bom Sucesso
- Bonito de Santa Fé
- Caaporã
- Cachoeira dos Índios
- Capim
- Casserengue
- Catingueira
- Damião
- Dona Inês
- Joca Claudino
- Lagoa Seca
- Lastro
- Lucena
- Marcação
- Monte Horebe
- Mulungu
- Nova Palmeira
- Parari
- São João do Tigre
- São Sebastião de Lagoa de Roça
- Tacima
Festejos movimentam milhões na Paraíba
De janeiro a junho deste ano, as prefeituras paraibanas já investiram R$ 146 milhões em festas, o equivalente a 55,3% do orçamento anual destinado a esse fim. Do total gasto, cerca de R$ 25 milhões foram exclusivamente com festas juninas.
Municípios que mais gastaram com festas em 2025 (até junho):
- Santa Rita – R$ 2.540.000,00
- Guarabira – R$ 2.320.349,60
- Santa Luzia – R$ 1.700.000,00
Outro dado relevante é que 23,4% de todos os recursos aplicados nas festividades estão concentrados em apenas 15 fornecedores, que atuaram em 86 municípios.
Diante do cenário, o TCE-PB reforça a recomendação de que eventos festivos sejam realizados com responsabilidade, respeitando o equilíbrio financeiro dos municípios e o interesse público sob risco de aplicação de sanções administrativas.
Texto: Pedro Pereira
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