PLENO PODER
Ministério Público vai lançar cartilha com orientações contra o tráfico de pessoas na Paraíba
Crime muitas vezes é confundido com o desaparecimento de pessoas e também ocorre no Estado
Publicado em 25/07/2020 às 15:30 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:35
O Ministério Público da Paraíba está engajado numa campanha contra o tráfico de pessoas. Através de uma série de vídeos e publicações, o MP tem o intuito de contribuir para o conhecimento da população sobre o crime (o que é, como se manifesta, onde buscar ajuda) e incentivar as denúncias. As intervenções estão sendo publicadas nas redes sociais da instituição (no Instagram, Facebook e Twitter: @mppboficial), desde a última terça-feira (21), e devem se estender até 30 de julho, Dia Mundial e Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
É comum que as vítimas desse crime sejam dadas por “desaparecidas”. O Ministério Público está produzindo uma cartilha para orientar a população sobre o que fazer para combater o fenômeno do desaparecimento.
A campanha de conscientização usa uma logomarca que faz alusão a pessoas atreladas a um código de barras e adverte: “A vida não é mercadoria”. A divulgação também faz alusão à “Campanha do Coração Azul”, uma iniciativa que busca a conscientização e luta contra o tráfico de pessoas e seus impactos na sociedade. Estão juntos nessa divulgação a Universidade Federal da Paraíba, com professores e estudantes que estudam e pesquisam sobre o tráfico humano, e o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas na Paraíba.
Vídeos e cartilha
O primeiro vídeo foi feito pela promotora de Justiça que coordena o Programa de Localização de Identificação de Desaparecidos na Paraíba (Plid-PB), Elaine Alencar. Nele, ela fala que o Ministério Público está atento à questão do tráfico humano e tem buscado identificar e responsabilizar traficantes de pessoas. Mas, para isso, é preciso que toda a sociedade compreenda como o crime se manifesta e denuncie.
“No Brasil, assim como em muitos outros lugares do mundo, milhares de pessoas são vítimas de tráfico humano. E, na Paraíba, não é diferente! O Ministério Público está atento a essas situações. É ele o responsável por apurar e responsabilizar os autores desse crime. Neste mês de julho, o Ministério Público do Estado da Paraíba, UFPB e Coetrae-PB, mais uma vez, unem forças na luta de enfrentamento ao tráfico humano na Paraíba. E você é peça importante nesse trabalho. Você pode nunca ter ouvido a respeito, mas o tráfico humano existe, é real. Informe-se! Busque uma Promotoria de Justiça próxima a você. Denuncie!. A vida não é mercadoria!”, diz Elaine, no vídeo da campanha.
Na quinta-feira, foi a vez de Mariane Izabel, doutoranda pela UFPB, dar o seu recado. Ela mostra que o trabalho escravo ainda é uma realidade e que muita gente ainda é cooptada para serviços análogos à escravidão. Também adverte à população que fique atenta ao adquirir produtos, certificando-se de que não são originários do trabalho escravo. O terceiro vídeo foi gravado por Ana Patrícia Gama,doutoranda em Direito da UFPB. Ela introduz o tema sobre o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, que é mais fazer suas vítimas entre mulheres e meninas. Outros pesquisadores e profissionais também devem falar sobre o tema nos próximos dias em novos vídeos postados nas redes digitais do MPPB.
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