MPE opina por rejeição de contas e sugere instauração de Aije contra vereador eleito em Campina

O Ministério Público Eleitoral (MPE), através da promotora Adriana de França Ramos, da 72ª Zona Eleitoral, manifestou-se pela rejeição das contas prestadas pelo vereador eleito em Campina Grande, Wellington Cobra (PSB).

De acordo com parecer técnico do órgão, Cobra teria excedido o teto de doação de recursos próprios permitido pela Justiça Eleitoral, que para as eleições de 2024 era de R$ 21 mil. Segundo o MPE, o militar aplicou R$ 57 mil em sua campanha, ultrapassando em mais de 170% o limite estipulado.

“As irregularidades apontadas pela unidade técnica responsável pelo exame das contas são, inequivocamente, suficientes para a rejeição das contas, por representarem vícios graves e insanáveis. Em decorrência disso, as omissões e falhas na prestação de contas sob análise não asseguram que a campanha política tenha sido desenvolvida de forma límpida, com a garantia do equilíbrio da concorrência, sendo ilegítimo eventual mandato conquistado”, afirmou a promotora em seu parecer.

Além disso, a promotora sugeriu a instauração de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o parlamentar junto à 16ª Zona Eleitoral de Campina Grande, para que a Justiça apure uma possível conduta de abuso de poder econômico durante o pleito.

Vereador se mostra tranquilo

Ao portal Hora Agora, do jornalista Lenildo Ferreira, o parlamentar afirmou que “todas as despesas foram devidamente demonstradas por meio de documentos fiscais, assim como dos extratos bancários comprovando as respectivas movimentações contábeis”.

Wellington Cobra reiterou que todas as movimentações financeiras de sua campanha foram devidamente registradas e que está confiante na regularidade de suas contas.

11 vereadores já tiveram contas aprovadas

De acordo com o sistema de prestação de contas da Justiça Eleitoral, 11 dos 23 vereadores eleitos em Campina Grande já tiveram suas contas aprovadas, estando aptos a assumirem seus cargos no próximo dia 1º de janeiro.

Texto: Pedro Pereira