2026: o oráculo de Veneziano, Romero e Bruno ao caminharem para uma aliança

Os sinais de construção de uma mesma base com o senador Veneziano Vital (MDB), o deputado federal Romero Rodrigues (PSC) e o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) são cada vez mais evidentes. Começaram a ser erguidos no segundo turno das eleições estaduais, ano passado, quando o emedebista entrou de 'corpo e alma' na campanha do então candidato ao Governo, Pedro Cunha Lima (PSDB).

Essa semana os três participaram juntos de audiências em Brasília.

Aparentemente, os passos dados agora guardam relação direta com a disputa de 2024, quando Bruno deverá ir para a reeleição em Campina Grande e poderá ter, invariavelmente, um nome ligado a Romero ou Veneziano como vice.

É a 'lógica' mais cartesiana extraída da fotografia do momento. Mas em política, nem tudo é o que parece ser. Aliás, quase tudo está distante do que é público. E a realidade extrapola o mundo das aparências.

No oráculo dos três há também o horizonte de 2026. Especialmente no caso do senador Veneziano, que busca uma base sólida para disputar a reeleição no Senado. Sem base, o sonho da reeleição ficaria distante.

As aspirações de Bruno, com relação à disputa estadual vindoura não são diferentes. Caso seja reeleito no próximo ano o gestor poderá pleitear ir para um voo mais distante rumo ao Palácio da Redenção. E, também nessas circunstâncias, precisará de uma chapa forte para ampliar as chances de êxito.

Já Romero parece não ter esquecido o sonho de disputar o Governo do Estado. Maior liderança política da região de Campina Grande hoje, indiscutivelmente, ele possui potencial para sair favoritíssimo numa eventual 'briga' pela prefeitura campinense em 2024, mas tem demonstrado que prefere manter a política do diálogo com o agrupamento.

Para isso já adiantou que não será obstáculo para a aproximação de Veneziano. Nos planos dele, claro, a soma de mais um nome aliado pode significar no futuro o alicerce que faltou para encarar o embate estadual ano passado.

Ou seja: no horizonte dos três a aliança de hoje significa muito mais uma 'ponte' para 2026 que, até mesmo, o percurso natural das eleições municipais. Para cada um, respostas buscadas sob um prisma diferente.