PLENO PODER
Operação do Gaeco em Campina e em PE mira 'esquema' de jogos de azar com resultados do futebol
Um dos mandados está sendo cumprido no bairro da Prata, em Campina Grande
Publicado em 21/12/2021 às 8:28 | Atualizado em 21/12/2021 às 8:39
Uma força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE) e pela Diretoria Geral de Operações Estratégicas da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), com apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB), da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) cumpre, na manhã desta terça-feira (21), 17 mandados de busca e apreensão em desfavor de oito empresas e seis pessoas físicas.
As buscas ocorrem nas cidades de Taquaritinga do Norte, Campina Grande, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Vitória de Santo Antão.
Os alvos da Operação Game Over são os integrantes de uma organização criminosa que explora loterias eletrônicas, jogos de azar e bancas de apostas.
Conforme apurado nas investigações, que tiveram início no ano de 2018, o esquema ilícito foi montado a partir da criação de uma plataforma que permite a exploração de apostas em resultados de jogos de futebol, proporcionando ao proprietário e demais investigados ganhos milionários.
Esses recursos, em seguida, são convertidos em ativos imobiliários e na criação de outras empresas a partir dos lucros ilicitamente auferidos, com a finalidade de lavar o dinheiro e conferir-lhes a aparência de legalidade.
De acordo com o MPPE, foi apurada movimentação superior a 400 milhões de reais nos últimos cinco anos por meio de várias empresas que deram início a suas atividades bancárias sem possuírem patrimônio anterior declarado.
Ainda conforme os promotores do Gaeco, a organização era divulgada por artistas e chegou a patrocinar times de futebol da Série A do Brasileirão.
“A exploração de jogos de azar promovia um estilo de vida luxuoso para os integrantes da organização, em detrimento de outras modalidades de jogos permitidos que recolhem impostos que são transferidos para o bem comum da sociedade”, afirmou o Gaeco.
Os alvos da operação estão sendo investigados pela prática dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores; crimes contra a ordem econômica; crimes contra a ordem tributária; crimes contra as relações de consumo e promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.
Apreensões - na chácara do líder do grupo, localizada na zona rural de Taquaritinga do Norte, foram encontrados celulares e documentos para a comprovação dos ilícitos, além de máquinas caça-níqueis.
Nos demais endereços foram recolhidos documentos contábeis, cheques, telefones celulares, notebooks, material de propaganda, wallets de criptomoedas e dinheiro, sendo a quantia mais relevante o valor de R$ 130 mil em espécie na sede de uma das empresas.
Texto: Ascom do MPPE ***
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