Oposição detalha pedidos de CPIs e base de Bruno quer outras comissões em Campina

A oposição detalhou hoje, na Câmara de Campina Grande, os pedidos feitos para instalação de duas CPIs na Casa. Uma delas para investigar a execução do programa 'Saúde de Verdade'; e outra para averiguar documentos relativos ao pedido de empréstimo de 52 milhões de dólares, feito pela gestão municipal.

No mesmo ambiente, vereadores da base do prefeito Bruno Cunha Lima (UB) minimizaram a iniciativa dos oposicionistas e adiantaram que estudam a possibilidade de apresentar pedidos de abertura de mais quatro comissões. Não revelaram ainda os temas.

No caso da CPI da Saúde, a oposição diz que se baseia em um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que teria apontado indícios de irregularidades.

O prefeito Bruno, contudo, afirmou que acompanha os pedidos feitos com tranquilidade. 

"Quem não deve, não teme", resumiu.

Os pedidos ainda não foram deliberados pelos presidente Marinaldo Cardoso (Republicanos) e não há um prazo para isso. Pelo regimento da Câmara, Marinaldo deve encaminhar as solicitações ao Conselho de Líderes, que vai deliberar sobre a formação das comissões. Caso ocorra o preenchimento dos requisitos para instalação, as CPIs (da oposição e da base) serão instaladas.

A probabilidade das comissões apresentarem dados objetivos, que resultem em implicações futuras, é pequena. Em ano eleitoral, não é difícil concluir que o debate dos temas será 'contaminado' pelo embate político. Os oposicionistas, porém, já comemoram um aspecto: a criação de um fato político negativo para a gestão municipal.

A base de Bruno promete reagir.