PLENO PODER
Para além das intrigas e farpas, o que Campina precisa esperar do debate político em 2024?
Maior São João do Mundo foi vitrine para início do debate eleitoral de 2024
Publicado em 03/07/2023 às 12:11
O ano de 2024 ainda nem começou, mas as intrigas, farpas e declarações 'carregadas' de interesses eleitoreiros já fazem parte do noticiário há meses. Foram realçadas, contudo, na reta final do Maior São João do Mundo - muito em função das agendas públicas e dos 'bastidores' da festa.
Criou-se um verdadeiro 'rame-rame' sobre quem estava ou deixava de estar em camarotes; sobre quem aparecia, ou não, nas fotografias em eventos e nos corredores do Parque do Povo.
Inicialmente envolvendo o ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos) e o senador Veneziano Vital (MDB). E nos últimos dias com a 'treta' pública entre a senadora Daniella Ribeiro (PSD) e o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD).
Não que esses episódios e narrativas não façam parte do universo próprio da política. Aqui e em todos os recantos do país eles existem. E muitas vezes servem de 'sinais' para possíveis rompimentos e alianças.
Mas há algo que precisa ser registrado. Para além das manchetes jocosas, esse tipo de debate em nada contribui com aquilo que, de fato, precisa ser discutido pela cidade ano que vem.
Aliás, até atrapalha, na medida em que o espaço para a maturação de outros temas é substituído pela adjetivação pessoal dos envolvidos.
A política não pode comportar mais isso. O debate improdutivo, nas eleições presidenciais do ano passado, não deve ser replicado.
O debate sobre as ações de saúde pública, em torno da (in) execução de projetos, as dificuldades enfrentadas para sustentar um futuro crescimento, a necessidade de expansão do Maior São João do Mundo, a conclusão - ou não - de obras iniciadas há anos... não merecem e não podem ficar em um plano secundário.
Com desafios e problemas aos montes - como qualquer cidade de porte médio - Campina precisa exigir mais maturidade de sua classe política. Menos 'birras', menos ironias, menos 'tapinha' nas costas para criar fatos políticos, e mais disposição para discutir, cada um com sua visão, o que pode efetivamente melhorar a vida das pessoas.
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