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PLENO PODER

Vereadora Raíssa Lacerda é presa pela PF em operação contra aliciamento violento de eleitores

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e e prisão em ao menos dois bairros da cidade

Publicado em 19/09/2024 às 7:05 | Atualizado em 19/09/2024 às 11:53


				
					Vereadora Raíssa Lacerda é presa pela PF em operação contra aliciamento violento de eleitores
(Foto: Divulgação)

A vereadora de João Pessoa, Raíssa Lacerda (PSB), foi presa na manhã desta quinta-feira (19) durante a segunda etapa de uma operação da Polícia Federal (PF) que tem o objetivo de combater o crime de aliciamento violento de eleitores.

Raíssa é candidata à reeleição e é suspeita de liderar um esquema que se utilizava de meios ilegais para tentar obrigar que as pessoas de determinados bairros a votarem nela.


				
					Vereadora Raíssa Lacerda é presa pela PF em operação contra aliciamento violento de eleitores
(Foto: Jardel Nunes / TV Cabo Branco)

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Policiais federais compareceram mais cedo ao centro comunitário Ateliê da Vida, localizado no bairro São José. Do local, documentos foram levados para auxiliar nas investigações e para servir como provas.

Além de Raíssa, outras três pessoas foram presas. Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos foi detida suspeita de pressionar os moradores do bairro São José, tentando influenciar suas escolhas eleitorais.

Para ajudar em sua estratégia, Pollyana utilizava Taciana Batista do Nascimento, que está ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida e supostamente atuou como uma intermediária para exercer influência na comunidade.

Já Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora de Raíssa no Alto do Mateus, também foi detida sob suspeita de ligações com facções que atuam no bairro, o que levanta preocupações sobre sua influência e as dinâmicas de poder na região.


				
					Vereadora Raíssa Lacerda é presa pela PF em operação contra aliciamento violento de eleitores
(Foto: Antônio Vieira / TV Cabo Branco)

A operação é batizada de "Território Livre", em referência à liberdade que os eleitores devem ter de ir e vir e também de exercer o seu voto. No dia 10 de setembro, uma primeira etapa da operação já tinha sido realizada.

No dia 10 de setembro, uma primeira etapa da operação já tinha sido realizada. Naquele dia, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos e R$ 35 mil em dinheiro foram apreendidos.

Naquela oportunidade, a vereadora já era alvo da operação, porque um dos mandados de busca aconteceu na residência da vereadora.

Na atual legislatura, Raíssa Lacerda ficou como suplente, mas assumiu a titularidade da vaga deixada pelo vereador Professor Gabriel, que morreu no fim de maio deste ano devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral isquêmico.

Antes de retornar à Câmara Municipal, Raíssa era secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa.

Câmara Municipal de João Pessoa se posiciona

A Câmara Municipal de João Pessoa emitiu, também na manhã desta quinta, uma nota oficial sobre o assunto.

De acordo com o documento, a Procuradoria Geral da Casa de Napoleão Laureano está acompanha de perto a operação da PF. Confira abaixo a nota na íntegra:

"A Câmara Municipal de João Pessoa informa que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal. Informa ainda que a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal.

Por fim, ressalta que a Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações."

Defesa de Raíssa Lacerda nega acusações

Em nota divulgada por sua assessoria nas redes sociais, Raíssa negou qualquer ligação com os citados no processo.

"Acordamos perplexos com a notícia da prisão da vereadora Raíssa Lacerda pela Polícia Federal e reiteramos sua inocência, estamos todos consternado (sic) e abismado (sic) com essa situação.

Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá a tona e será esclarecida. Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade. Raíssa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral”.

Imagem ilustrativa da imagem Vereadora Raíssa Lacerda é presa pela PF em operação contra aliciamento violento de eleitores

João Paulo Medeiros

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