Prefeito tenta 'trem da alegria', mas Câmara veta aumento nos salários de políticos

Início do ano e em praticamente todas as cidades paraibanas um dos temas principais é o reajuste dos salários do servidores públicos. Mas em Areial essa discussão foi muito mais além. O prefeito Adelson Benjamin mandou para Câmara um projeto que reajustava em 10,06% os salários dele, do vice-prefeito, dos vereadores e secretários municipais; e no mesmo projeto, também, dos demais servidores do município.

Uma espécie de 'trem da alegria'...

Mas a proposta não prosperou. Na última sexta-feira os vereadores barraram o reajuste. Eles mantiveram somente o aumento para os demais servidores e derrubaram o reajuste dos agentes políticos (prefeito, vice, vereadores e secretários).

Ao analisar o projeto, o Legislativo lembrou que o executivo não tem competência para propor o reajuste dos próprios salários e eventuais aumentos teriam que ter ocorrido na legislatura passada.

Pela proposta o subsídio do prefeito passaria de R$ 14 mil para R$ 15,4 mil; o do Vice-prefeito de R$ 7 mil para R$ 7,7 mil e os dos secretários municipais de R$ 4 mil para R$ 4,4 mil.

O 'jabuti' colocado no reajuste dos servidores esbarrou na Câmara. Em tempos de pandemia e de dificuldades nas contas públicas, ponto para o Legislativo.

Outro lado

Ao Blog, o prefeito Adelson Benjamin disse que o projeto apresentado "não se trata de projeto de lei para aumento salarial".

"Mandamos um projeto de lei apenas para correção da inflação referente ao ano de 2021 para todos os servidores (efetivos, eletivos e comissionados), visto que estes não têm correção salarial desde 2012. Fizemos isso baseado na resolução do TCE 06/2021", explicou o gestor.