PSB quer crescer em 2024, mas 'patina' em Campina e João Pessoa

Ontem ouvi atentamente algumas declarações do presidente do PSB paraibano e deputado federal, Gervásio Maia. Ele falava sobre as perspectivas do partido no Estado para 2024. A legenda foi, claro, uma das grandes vitoriosas do processo eleitoral do ano passado. Conseguiu reeleger o governador João Azevêdo e isso importa e muito para futuras composições.

Mas apesar do desejo externado, o PSB paraibano terá que enfrentar um cenário adverso até as próximas eleições municipais. Não me refiro à realidade das pequenas cidades. Nelas as lideranças políticas chegam ao partido do governador quase que por 'gravidade'.

Nos maiores centros, Campina Grande e João Pessoa, o retrato é diferente.

O PSB de Gervásio patina nas duas maiores cidades do Estado. Não tem, por enquanto, nomes que possam vir a disputar de forma competitiva essas duas prefeituras. Mas o deputado assegura que a ideia é lançar candidatos nos 223 municípios.

No caso de João Pessoa, o alinhamento entre Azevêdo e o prefeito Cícero Lucena (Progressistas) deverá inviabilizar o surgimento de qualquer plano socialista fora desse esquadro.

Em Campina Grande a legenda simplesmente não possui lideranças com musculatura, nesse momento (repito), para fazer frente a outras potenciais candidaturas. Provavelmente será coadjuvante do grupo Ribeiro, em uma futura disputa.

O risco: se continuar assim, o partido não deverá ser protagonista nas duas maiores cidades paraibanas e continuará assistindo, de camarote, o fortalecimento de legendas como o Republicanos e o Progressistas.

Como as eleições de 2026 dependerão muito dos resultados de vinte e quatro... é possível entender o que pode acontecer.