Secretaria de Cultura de CG pode ser 'fiel da balança' para impedir crise com aliado de Bruno

Mesmo após quase dois meses do início da segunda gestão de Bruno Cunha Lima (União Brasil), algumas pastas importantes do Executivo de Campina Grande seguem sem titulares.

Na Secretaria de Agricultura, por exemplo, nenhum secretário foi nomeado até o momento. Especula-se que a pasta será liderada por um indicado do senador Efraim Filho (União Brasil).

Outra secretaria de grande relevância que permanece vaga é a de Cultura, anteriormente comandada por Ronaldo Cunha Lima Filho. O retorno do ex-vice-prefeito de Campina Grande para a pasta é improvável, uma vez que seu filho, Ronaldo Neto, atualmente ocupa a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer. Há quem diga que não há espaço para pai e filho no primeiro escalão da prefeitura.

A Secretaria de Cultura, no entanto, pode ser utilizada para amenizar uma iminente crise com o deputado estadual Sargento Neto (PL), aliado de primeira hora de Bruno e que se mostrou insatisfeito com sua exoneração na Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, segundo ele, sem "aviso prévio".

Há a possibilidade de um vereador do União Brasil ser deslocado para a pasta, o que abriria espaço para que Plínio Gomes, irmão de Sargento Neto e primeiro suplente do partido na Câmara Municipal, assumisse uma cadeira na Casa de Félix Araújo.

O nome mais cogitado para assumir a missão é o do vereador Rafafá. Em contato com o Blog Pleno Poder, no entanto, o parlamentar não confirmou a especulação e garantiu sua permanência no Legislativo.

Ainda assim, há quem acredite que o parlamentar não fará jogo duro caso o prefeito solicite sua ida para o Executivo. O próprio Rafafá já afirmou em entrevistas recentes ser um "soldado da gestão", colocando-se à disposição de Bruno Cunha Lima para "jogar em qualquer posição".

Texto: Pedro Pereira