PLENO PODER
Sindicato revela que 65 policiais penais podem estar infectados com Covid-19 na Paraíba
Publicado em 13/05/2020 às 11:10 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:15
Diante de presídios e cadeias públicas que ultrapassam (grande parte) a capacidade de lotação, o coronavírus é uma realidade preocupante na Paraíba. Um levantamento do Sindicato dos Policiais Penais revela que 65 profissionais podem estar infectados com a Covid-19 no Estado. Eles teriam apresentado sintomas semelhantes aos da doença, que já matou 154 paraibanos. O número da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) é de 42 policiais infectados e 18 presos confirmados com a doença. Os profissionais com suspeitas têm sido afastados e os apenados transferidos para a Penitenciária Hitler Cantalice, em João Pessoa, referência no tratamento de apenados com Covid-19.
Em Campina Grande e Patos, policiais penais já testaram positivo para o coronavírus. Na cidade sertaneja presos também foram infectados com a doença. "O problema está na constatação dos testes que os companheiros têm dificuldade de fazer. A nossa secretaria disponibiliza 25 testes por semana. Nós achamos que segundo os levantamentos já existem 65 policiais penais com sintomas do coronavírus. Há uma preocupação muito grande dos companheiros e a gente tá apelando à secretaria para que possamos realizar os testes em todos, porque trabalhamos em grupos", disse o presidente do Sindicato da categoria, Manoel Leite, em entrevista ao repórter Silas Batista, da Rádio CBN.
À emissora o secretário executivo da Seap, João Paulo Barros, explicou que o Estado distribui máscaras de proteção, álcool 70% e sabonete líquido para que os agentes penitenciários façam a higienização e se protejam durante o trabalho nas unidades. Ele informou também que a recomendação é para que os gestores das unidades prisionais façam a desinfecção das cadeias todos os dias, para evitar a contaminação tanto dos detentos, quanto dos profissionais de segurança que atuam nas unidades.
É o possível a ser feito nesse instante. A missão de evitar a contaminação é hercúlea. A Covid, em muitos casos, é assintomática, o que praticamente impossibilita a identificação de todos os casos suspeitos. Num ambiente onde é impossível manter o isolamento social, sobretudo no caso dos apenados, o único caminho é adotar medidas preventivas e pedir a Deus para que uma catástrofe humanitária não aconteça.
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