Veneziano e Bruno Cunha Lima: adversários no passado, interdependentes no presente

Os dois sempre estiveram em lados opostos na política de Campina Grande, mas recentemente têm protagonizado um movimento de aproximação. Com interesses comuns, ou pelo menos parecidos, o senador Veneziano Vital (MDB) e o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), aos poucos constroem uma relação de interdependência.

Digo interesses comuns porque os dois buscam permanecer no cenário político estadual.

Bruno como nova liderança, Veneziano como nome consolidado. Ambos com o horizonte imediato nas eleições de 2024 e 2026.

Veneziano tem na aliança com Bruno a possibilidade de ampliar as suas chances de reeleição para o Senado Federal. Precisa de base e de um grupo que possa apoiar o seu projeto.

Já o prefeito está diante do desafio de ter portas abertas em Brasília. Eleitor de Bolsonaro (PL) em 2022, tem dificuldade de um bom trânsito no Planalto sem a ajuda do emedebista - alinhado histórico e de prestígio junto ao presidente Lula (PT).

Dependentes um do outro, Bruno e Veneziano caminham para uma aliança.

Hoje, por exemplo, o emedebista viabilizou um contato do ministro Fernando Haddad com Cunha Lima. Nas últimas semanas tem percorrido gabinetes com pautas da gestão municipal.

De um lado e de outro sinais de que, para 2024, o passado estará distante. E o futuro deverá ter contornos muito mais próximos, construídos pelo presente.