Vitória de João derruba 'máxima' de que eleição na Paraíba é definida por João Pessoa e Campina

Reeleito neste domingo (30) para mais quatro anos como governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB) derrubou um paradigma importante nas disputas eleitorais do Estado. Ele conseguiu sair vitorioso das urnas sem ser majoritário em Campina Grande e João Pessoa. E mais que isso: o socialista perdeu também em cidades da região metropolitana, como Bayeux, Santa Rita e Cabedelo.

A 'receita' do sucesso para a recondução para o Palácio da Redenção esteve em uma larga vantagem no Sertão, Cariri e Curimataú.

Em cidades de porte médio como Sousa, Cajazeiras e Monteiro a vantagem de Azevêdo foi expressiva. Ele venceu em 170 municípios no total, diante dos 53 de seu adversário.

João apostou no apoio de prefeitos e lideranças locais, nas pequenas cidades, como forma de potencializar as chances de um bom resultado eleitoral. E acertou.

Aliás, essa não foi a única 'aposta' feita pelo socialista. Uma outra foi a aliança com o partido Progressistas, do prefeito Cícero Lucena e do deputado Aguinaldo Ribeiro. Em nome dessa aliança João viu outros aliados migrarem para as hostes oposicionistas. A decisão causou prejuízos para um processo de reeleição que poderia ter sido bem menos arriscado.

A diferença entre João e Pedro foi de quase 117 mil votos. Um resultado apertado para um Governo que, há um ano, permitia-se abrir mão de apoios como o senador Veneziano Vital e o grupo de Efraim Filho.

João foi reeleito sem grandes 'padrinhos' políticos, mas com o apoio de dezenas de prefeitos paraibanos.