POLÍTICA
PMDB aprova apoio à reeleição de Dilma Rousseff
Decisão foi tomada com 398 votos a favor e 275 contrários.
Publicado em 10/06/2014 às 17:07
O PMDB decidiu nesta terça-feira (10), em convenção nacional, apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição de outubro. A decisão foi tomada com 398 votos a favor e 275 contrários. O partido vai reeditar a chapa que tem Michel Temer como vice-presidente da República.
Ao discursar após a divulgação do resultado, Temer afirmou que a convenção "não tem vencedores e vencidos", mas sim "um grande vencedor que é o PMDB". Em referência aos votos contrários à aliança com o PT, o vice-presidente ponderou que é normal haver divergência em processos de discussão.
"Vocês sabem que ao longo do tempo nós sempre tivemos democraticamente as mais variadas divergências dentro do partido e sempre obtivemos a unidade. A unidade [está] na ação daquele PMDB que quer trazer o maior número de deputados federais para a Câmara, o maior número de senadores e de governadores", disse.
Temer afirmou ainda que o PMDB terá uma presença "ativa" em um eventual segundo mandato de Dilma. A falta de participação do partido na tomada de decisão do Executivo é uma das reclamações do setor dissidente da sigla."Não seremos apenas aliados, seremos o próprio governo, já que estarei no governo. [...] Temos que continuar reunidos para continuar a fazer o PMDB o maior partido do Brasil", afirmou.
Antes da apuração dos votos, Temer havia dito que, confirmada, a aliança com o PT "abre portas para que um dia o PMDB ocupe todos os espaços políticos desse país para o bem dos brasileiros".
O grupo dissidente alega que o governo Dilma não incluiu o PMDB nas decisões de governo e critica a postura do PT de priorizar candidaturas próprias nos estados, em vez de formar coligações em algumas regiões com candidatos peemedebistas.
Também antes da apuração dos votos, o presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse perceber que o partido está "mobilizado e entusiasmado para reeditar a chapa Temer-Dilma".
Raupp apresentou as propostas da sigla para um eventual segundo mandato da presidente, entre elas a reforma política, escola integral até a conclusão do ensino médio, utilização de 10% das receitas correntes brutas da união para a saúde e melhoria na infraestrutura logística para escoar mercadorias.
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