POLÍTICA
PMDB deve oferecer apoio jurídico a prefeito foragido
Presidente da legenda disse que por enquanto só existem especulações.
Publicado em 04/05/2012 às 15:24
O presidente do PMDB estadual, Antônio de Sousa, disse nesta sexta-feira (4) que vai esperar a sentença judicial para se manifestar oficialmente a respeito do prefeito da cidade de Cacimba de Areia, Inácio Roberto de Lira Campos (PMDB), no sertão do estado, que está sendo investigado pela Polícia Federal acusado de desvio de dinheiro.
Ao todo foram cumpridos sete, dos oito mandados de prisão expedidos e agora o prefeito é considerado foragido. De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, ele teria conhecimento da operação e por isso a PF vai pedir prisão preventiva. Para o presidente da legenda, “por enquanto tudo não passa de especulação. Até então há indícios e uma investigação”, disse.
Segundo Antônio de Sousa, no primeiro momento o partido tem que prestar solidariedade ao filiado e inclusive orientá-lo, caso necessário, colocando o setor jurídico do partido à disposição. Ele também acredita que Inácio Roberto deve se apresentar em breve.
Apesar do apoio, o líder peemedebista destacou ainda que “cada um saber o fazer e cuida de si. O partido empresta a legenda para o que o filiado se candidate”, completou ainda que o prefeito precisa ter todo espaço que lhe é de direito para apresentar sua defesa.
Entenda o caso
Sete pessoas foram presas nesta sexta-feira (4) pela Polícia Federal na Operação Dublê, entre os presos está o prefeito José Edivan Félix (PR), além de três secretários municipais de duas cidades e empresários. Além das prisões foram feitas buscas em um escritório no Centro da capital e nas sedes das prefeituras de Catingueira e Cacimba de Areia, que chegaram a ser interditadas pelos agentes de investigação.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, os investigados teriam desviado cerca de R$ 5 milhões dos cofres públicos, sendo aproximadamente R$ 1,5 milhão de verbas da saúde, R$ 1 milhão de educação e ação social e R$ 2 milhões de verbas de desenvolvimento rural e infraestrutura urbana. Os envolvidos no esquema prestaram depoimento e serão indiciados pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude a licitação, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Comentários